Criatividade e inovação são palavras-chave no século 21 e fundamentais para resolver velhos problemas do mundo do empreendedorismo e, porque não, da Educação. A cocriação é uma iniciativa de gestão que, como o próprio nome anuncia, reúne diferentes partes (funcionários e setores) para criar e inovar.

A Little Maker, startup americanense do setor de Educação, resolveu assimilar esse conceito em seu DNA. “O que aprendi nessa minha caminhada é que, à medida que a empresa se desenvolve, ela deixa de ser só sua e passa a ser de várias pessoas. A gente tem uma ideia e desenvolve em conjunto. O empreendedorismo não tem receita, não é algo mecânico, ele é coletivo e compartilhado”, define o fundador e empresário, Diego Thuler.

Foto: João Carlos Nascimento - O Liberal

O conceito de cocriação é aplicado logo no processo de seleção de novos colaboradores. São selecionados candidatos que tenham brilho nos olhos, diz o empresário, que compartilhem dos valores promovidos pela empresa e estejam aptos a colocar a mão na massa, como um legítimo maker.

“Cada um tem uma função aqui dentro, mas todos ajudam a criar as aulas, a experimentar novas atividades que possam contribuir com as oficinas e mesmo com a metodologia aplicada pela Little Maker”, explica o fundador. “Todo mundo aqui tem que se sentir parte do processo e acreditar no que está fazendo”, completa.

A empresa possui 14 funcionários, entre tutores, pedagogos e gestores, todos aptos a criar de modo a inovar e desenvolver a startup. E não apenas na parte educacional: a parceria tem contribuído também para a estruturação da Little Maker enquanto empresa, traçando os primeiros esboços do plano de carreira.

“Em geral temos uma equipe jovem e até por isso eu me surpreendo em vê-los assumir responsabilidade, correndo atrás, pesquisando para fazer diferente”, observa. Mesmo os professores das escolas onde a Little Maker possui laboratórios, são estimulados a participar do processo. A capacitação das escolas e profissionais acontece no início do ano letivo.

Participar de feiras é fundamental

O empresário Diego Thuler ressalta que as feiras de educação são fundamentais para a atualização do negócio, além de servir de vitrine para empresa. “A participação em feiras e congressos serve de termômetro para a equipe”, analisa. “Faço questão que todos participem para colherem o resultado do esforço e sentirem o que a gente está fazendo aqui, como estamos sendo vistos lá fora”, argumenta Thuler.

Foto: Marlon Oliveira / O Liberal

Em maio, a Little Maker chamou a atenção na Bett Brasil Educar, a maior feira de educação do País, realizada em São Paulo. No stand de 70m², os visitantes puderam conferir de perto o trabalho da empresa e participar de uma oficina maker elaborada especialmente para o público do evento. O feedback foi positivo: 25 novas escolas parceiras em sete estados brasileiros. Com estas, a startup deve chegar a marca de 50 escolas brasileiras para o ano letivo de 2020.

No início deste ano, a Little Maker teve espaço em um congresso de educação nos Estados Unidos, tendo a oportunidade de apresentar um pouco do trabalho feito no Brasil. Thuler conta que a vivência e contato com outras empresas encheu a equipe de ideias – que já estão sendo experimentadas para serem incluídas nas oficinas.

“As feiras são ótimas para inspiração e para saber que estamos no caminho certo. A cultura maker é bastante ampla, mas percebemos que, entre outras iniciativas, nós estamos melhor estruturados, aqui e lá fora”, orgulha-se o empresário.