Cadeia Alimentar II
Documentos e celulares foram apreendidos em apartamento de Niuri, diz advogado
Secretário foi detido em seu apartamento, na Avenida Cillos, nesta terça-feira; advogado diz que Niuri nega participação no esquema
Por Leonardo Oliveira
26 de novembro de 2019, às 09h55 • Última atualização em 26 de novembro de 2019, às 16h22
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/americana/documentos-e-celulares-foram-apreendidos-em-apartamento-de-niuri-diz-advogado-1111452/
Preso na manhã desta terça-feira (26) na operação Cadeia Alimentar II, o secretário de Negócios Jurídicos de Americana, Alex Niuri, teve documentos e celular apreendidos pela Polícia Federal em seu apartamento, na Avenida Cillos. A informação foi divulgada ao LIBERAL pelo advogado designado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para acompanhar o caso, Lucas Torrezan.
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Niuri foi levado para a delegacia da PF em Piracicaba, mas deve ser levado até a delegacia de Ribeirão Preto, local onde teve início a operação, para prestar depoimento. Depois disso, a autoridade responsável determinará se pede ou não a prisão preventiva, de acordo com Torrezan. Ele teve a temporária decretada nesta manhã.
“A Polícia Federal foi lá no apartamento dele, mas do que se trata a acusação que está versando sobre ele nós não sabemos. Ele nega veementemente qualquer tipo de participação, aí está sendo apurado”, disse o advogado.
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Três mandados de prisão foram cumpridos na cidade, além de outros três de busca e apreensão. Ainda não foram divulgados os nomes das outras duas pessoas que teriam sido presas na cidade.
Em Sumaré, um mandado de prisão e outro de busca e apreensão foram cumpridos. O LIBERAL apurou que as investigações, entretanto, não envolveriam a prefeitura local, mas sim um morador que atuaria no governo de outro município. A PF não confirma as informações.
A Prefeitura de Americana foi procurada para comentar o assunto, mas ainda não se posicionou até a publicação desta reportagem.
A operação
As fraudes apuradas na operação, segundo o MPF (Ministério Público Federal), aconteceram entre 2013 e 2017. Entre os alvos da operação estão empresários, lobistas, servidores e ex-servidores públicos, uma vereadora, ex-prefeitos, secretários e ex-secretários de Governos – não foram divulgadas as cidades em que os políticos atuavam.
“A operação visa coletar elementos que complementem as informações obtidas em colaboração premiada formalizada por dois investigados junto a Polícia Federal e Ministério Público Federal, após terem sido alvos na primeira fase da investigação (maio de 2018)”, trouxe nota da Polícia Federal.
Segundo o MPF, as irregularidades sob investigação abrangem contratos para fornecimento de alimentação escolar nos municípios de Americana, Barretos, Barueri, Cubatão, Franca, Guarujá, Guarulhos, Iperó, Itapetininga, Jandira, Jarinu, Limeira, Marília, Morro Agudo, Paulínia, Peruíbe, Pirassununga, Porangaba, Rio Claro, São Carlos, São Roque, São Vicente, Sorocaba e Taquaritinga.