Covid-19
‘Torci para ser pneumonia forte’, diz irmã de barbarense com Covid-19
Irmã do 1º paciente com resultado positivo para coronavírus em Santa Bárbara, que está na UTI, diz que família foi pega de surpresa
Por Marina Zanaki
11 de abril de 2020, às 08h46 • Última atualização em 11 de abril de 2020, às 11h00
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/s-barbara/torci-para-ser-pneumonia-forte-diz-irma-de-barbarense-com-covid-19-1180462/
O representante comercial Claudinei Clemente, de 50 anos, primeiro morador de Santa Bárbara d’Oeste com o resultado positivo para o novo coronavírus (Covid-19), está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital São Francisco, em Americana.
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De acordo com sua irmã, a aposentada Eliane de Oliveira Clemente Soldera, de 54 anos, seu estado é grave. Ela contou que família não sabe como ele contraiu e que receberam com surpresa o diagnóstico.
“A gente estava torcendo para que fosse uma pneumonia forte, aguda, que disseram que poderia ser, ou outra coisa. Mas é uma surpresa, um susto, um medo pra todo mundo”, definiu a aposentada nesta sexta.
Claudinei foi internado no dia 2 de abril e desde então seu quadro de saúde tem variado. Ele foi sedado e entubado na madrugada após sua internação, mas apresentou melhoras na sequência. Na segunda-feira, nova piora – seus rins pararam de funcionar.
Nesta quinta, Eliane ansiava por boas notícias no boletim médico. “Era meu aniversário, e recebi duas bombas. A piora dele e a notícia da confirmação do vírus”, disse a aposentada.
Os sintomas começaram no dia 1° de abril. Ele estava com gripe e dor no corpo. No dia seguinte, ele procurou o hospital, foi medicado e recebeu alta.
Horas depois, já em casa, ele conversou com a irmã por telefone e pediu ajuda, pois seu estado piorara e ele não tinha disposição sequer de preparar algo para comer.
Eliane e um outro irmão foram até a casa de Clemente, que é solteiro e mora sozinho. O representante comercial foi levado novamente ao hospital e internado. Ele tem rinite alérgica e artrite.
“Ele estava atendendo bastante por telefone, por internet, mas creio que alguns clientes teve que atender pessoalmente, não sei dizer. Não tem como saber [como se infectou], acredito que se ele estivesse aqui nem ele saberia dizer. É uma coisa invisível, que ninguém vê. Quando ia imaginar, ninguém esperava isso de jeito nenhum”, disse a aposentada.
A aposentada contou que o boletim médico desta sexta indicou que não houve melhoras. “O médico disse que é grave como todos que contraiu o vírus, e a recuperação é lenta e longa”, disse.
Eliane fez um apelo para que as pessoas respeitem o momento difícil que a família está passando. “Só gostaria que as pessoas não ficassem postando que é mentira, fazendo piadinhas, discutindo política, está rolando muito disso em comentários. Estamos sofrendo muito. Que nos ajudem em oração e não em discussão e opinião que não leva a nada, só nos machuca mais do que está machucado”, pediu.