Região
Americana e região têm menor taxa de isolamento da quarentena
Índice de 40% foi registrado pelo sistema de monitoramento na segunda-feira (20), mesma data em que Americana bateu recorde de mortes confirmadas pela Covid-19
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22 de julho de 2020, às 08h02 • Última atualização em 23 de março de 2021, às 11h42
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/regiao/americana-e-regiao-tem-menor-taxa-de-isolamento-da-quarentena-1264012/
Americana registrou na segunda-feira (20) a menor taxa de isolamento social de toda a quarentena, iniciada em 24 de março para combater o novo coronavírus (Covid-19) no Estado de São Paulo. O índice de pessoas que ficaram em casa foi de 40% na cidade.
Esse baixo percentual foi registrado no mesmo dia em que a cidade bateu o recorde de mortes pela Covid-19 confirmadas em 24 horas: sete.
Santa Bárbara d’Oeste, Hortolândia e Sumaré, com taxas de 39%, também tiveram seu pior índice, assim como o Estado – 43%.

O isolamento foi anunciado desde o começo da crise do coronavírus como um dos principais meios de frear a pandemia. Só nas cinco cidades da RPT (Região do Polo Têxtil), a Covid-19 já matou 283 pessoas.
O índice de isolamento é medido por meio dos celulares das pessoas. Quando um morador se desloca e seu aparelho se conecta a uma antena de celular diferente daquela à qual estava ligado das 22h às 2h, considera-se que ele quebrou o distanciamento.
A distância entre as antenas varia. Na Capital, foi feita estimativa de que é preciso percorrer 200 metros para trocar de estação rádio base (a antena de celular) e quebrar o isolamento.
O índice observado nas quatro cidades da RPT (Nova Odessa não entra no levantamento do Estado) na segunda-feira fica próximo (ou até é superado) daquele observado antes de a quarentena começar.
No dia 5 de março, por exemplo, Americana registrou taxa de 35% de distanciamento. No dia 20 daquele mês, uma sexta-feira, quatro dias antes de a quarentena começar oficialmente, o índice foi de 43%.
O governo do Estado defendia um índice de 55% para frear a pandemia. Na segunda, nenhuma das 104 cidades monitoradas atingiu esse patamar.
Podcast Além da Capa
Nem mesmo a regressão de Americana e região para a fase vermelha do Plano São Paulo é capaz de resolver o problema da lotação de ônibus do transporte público em horários de pico. A teoria de que menos gente estaria em circulação não se confirma na prática. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com o repórter Leonardo Oliveira e apresenta reflexos regionais desse assunto.