Caixa Forte 2
PF cumpre mandados em Hortolândia em operação que investiga o PCC
Ação "Caixa Forte 2", deflagrada na manhã desta segunda-feira em todo País, apura o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro da facção criminosa
Por Leonardo Oliveira
31 de agosto de 2020, às 10h55 • Última atualização em 31 de agosto de 2020, às 11h00
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/hortolandia/pf-cumpre-mandados-em-hortolandia-em-operacao-que-investiga-o-pcc-1296205/
A PF (Polícia Federal) cumpriu um mandado de prisão e um de busca e apreensão em Hortolândia durante a Operação “Caixa Forte 2”, deflagrada nesta segunda-feira (31) para investigar o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro praticados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).
Ao todo, foram 422 mandados de prisão preventiva e 201 de busca e apreensão em 19 estados do País, além do Distrito Federal. Também houve o bloqueio judicial de até R$ 252 milhões de contas ligadas aos membros da facção.
A PF divulgou uma lista com todas as cidades em que há mandados sendo cumpridos e Hortolândia é a única cidade da RPT (Região do Polo Têxtil) que aparece na lista. Não foi informado, porém, quem teria sido o preso na cidade e nem qual sua ligação com o grupo criminoso.
Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar a 28 anos de prisão.
A corporação diz ter identificado 210 integrantes do alto escalão da facção, que hoje estão em presídios federais. Esses criminosos estariam recebendo um valor por mês por ocuparem cargos “importantes” na facção e participado de missões dadas pelos líderes, como, por exemplo, execuções de servidores públicos.

Para garantir o recebimento do “auxílio”, os integrantes do grupo indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores, ganho através de atividades criminosas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal.
Os dados dos suspeitos foram conseguidos na Operação “Caixa Forte 1”, que identificou o “caminho” de parte do dinheiro do tráfico. Os valores iam para várias contas bancárias da facção e também para o “Setor de Ajuda” do PCC, que recompensa os membros que estão presos.
Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte/MG.