Santa Bárbara
Professores da Unimep mantém greve e pedem mediação ao TRT da 15ª Região
Profissionais paralisaram atividades em 30 de novembro alegando não cumprimento de direitos trabalhistas
Por Isabella Holouka
16 de janeiro de 2021, às 15h45 • Última atualização em 18 de janeiro de 2021, às 16h42
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/s-barbara/professores-da-unimep-mantem-greve-e-pedem-mediacao-ao-trt-da-15a-regiao-1413609/
Os professores da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), através do Sinpro (Sindicato dos Professores) de Campinas e Região, deram entrada no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, com sede em Campinas, com pedido de mediação na última quarta-feira (13).
Os docentes paralisaram as atividades em 30 de novembro alegando atraso nos salários e o não cumprimento de direitos trabalhistas.
“Entramos em greve por conta de fatos bastante severos. Não pagamento de 13º salário em dezembro, e de um terço de férias de 2019, e também por não pagamento de 50% dos salários durante praticamente todo o ano de 2020, desde março”, lembra a diretora do Sinpro e professora na Unimep, Conceição Fornasari.
Segundo o sindicato, não houve manifestação da direção-geral do Instituto Educacional Piracicabano à correspondência enviada em 18 de dezembro informando sobre a continuidade da greve.
O TRT da 15ª Região, por meio do Nupemec (Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Disputas) incentiva e disponibiliza às partes a possibilidade de realização de audiências de mediação.
O pedido protocolado pelo Sinpro é para que o TRT faça a mediação entre os trabalhadores em greve e a Unimep, com o objetivo de acelerar as negociações e atendimento da pauta de reivindicações da greve.
O sindicato dos professores ressaltou ainda que os profissionais em greve estão com o contrato suspenso e, portanto, não deverão desenvolver qualquer atividade docente como aplicação de provas ou lançamento de notas no sistema.
“A responsabilidade por suposto dano que um aluno venha a sofrer, deve ser atribuída exclusivamente à Universidade, mesmo porque os professores não estão cometendo nenhum ilícito, mas praticando um direito legítimo e legal que é greve frente a uma situação insuportável”, trouxe a nota divulgada pelo sindicato.
Nesta segunda, a Unimep se manifestou por meio de nota. Confira:
“Para manter diálogo com todos os docentes e representantes da categoria e solucionar o mais rapidamente a situação, a Direção-Geral e a Reitoria da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) esclarecem que encaminharam duas propostas de acerto ao sindicato. Essas tentativas
de negociação ocorreram em momentos diferentes, mas não foram aceitas pelos professores.
A Direção-Geral continua trabalhando para assinar um acordo que atenda aos interesses dos colaboradores e que seja viável financeiramente para a Instituição. Por isso, está realizando estudos e buscando alterativas de acerto que sejam factíveis.
A Instituição reforça que, prezando pela transparência, pelo respeito aos docentes, administrativos, alunos e ex-alunos e comunidade e pelos valores da confessionalidade Metodista, tem atuado de maneira diligente para solucionar o mais breve possível todas as pendências.”