Revista Pet
Cinco dicas para você montar um aquário
Começar no ramo de aquarismo não é uma tarefa fácil, mas é possível com pesquisa e informação
Por Natália Velosa
21 de março de 2021, às 07h55
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/mais/pet/cinco-dicas-para-voce-montar-um-aquario-1461470/
Que tal um peixinho para chamar de seu? Começar no ramo de aquarismo não é uma tarefa fácil, mas com pesquisa e informação, ela se torna possível.
Com a ajuda da equipe especializada da Agrosete, listamos os cinco principais pontos para montar um aquário em casa e mantê-lo sempre limpo e saudável. Confira:
1. Peixe
A primeira coisa a se fazer é justamente decidir qual peixes pretende manter, para depois montar o aquário condizente com a espécie. A escolha por diversos tipos de peixes vai exigir cuidados e condições diferentes.

2. Tamanho
Há um mito de que é mais fácil cuidar de aquários pequenos. Se tratado corretamente, montado com filtro, utilizando os produtos adequados e fazendo corretamente a TPA (Troca Parcial de Água), um aquário pequeno dará o mesmo trabalho de um médio ou grande.
3. Água
A água fornecida na torneira é ideal para o consumo humano, mas não para os seres aquáticos. Ela contém cloro ou cloramina (variável de acordo com a região) e alguns metais que devem ser eliminados antes de entrar no aquário. Se for utilizá-la, use um condicionador para tratar a água antes de colocá-la no aquário. Atente ainda para água oriunda de outras fontes como rios, lago e poços, pois pode não ser ideal também.
Já o pH, uma escala numérica que especifica a acidez ou basicidade da água, deve se manter neutro. Desta forma, quando um aquário tem o pH7, a grande maioria dos peixes consegue sobreviver.
Mesmo com a tendência do aquário se estabilizar com o decorrer do tempo e a frequência de realização dos testes diminuir, nunca se deve descartá-los, pois é por meio deles que é possível prevenir picos de amônia e nitrito, oscilação de pH, ou até mesmo a presença de cloro na água de reposição.
4. Limpeza
Não se pode retirar toda a água e nem lavar o aquário, para não retirar todo o sistema biológico e as bactérias boas que auxiliam na estabilização e no sistema de filtragem. Além disso, corre-se um grande risco de gerar um choque térmico e um choque de pH na fauna.
Por isso, o ideal é fazer sempre a troca parcial de água em, no máximo 50%, por mais que a água esteja muito suja. Para limpá-la, as trocas parciais podem ser feitas diariamente ou até duas vezes ao dia, mas nunca totalmente. Quando o aquário já está montado, não se deve lavar o cascalho, já que ele contém bactérias boas que ajudam no sistema de filtragem.
Por isso, o ideal é aspirá-lo com um sifão – aparelho que retira a sujeira, sem retirar o cascalho. Não se deve utilizar qualquer produto químico, pois podem permanecer resíduos que intoxicarão a água.
5. Alimento
Coloque pouca quantidade de ração, de duas a três vezes por dia. O mesmo é válido para medicamentos e outros produtos aditivos. Sempre utilize a quantidade que o fabricante indica. Para o peixe betta, cerca de cinco grãos de ração já são suficientes, de duas a três vezes ao dia (de manhã, à tarde e à noite). O método de alimentação aconselhado, não só para o betta, mas para todos os peixes, é servir pouco e observar: comeu o primeiro grão, ofereça o segundo, e assim por diante. Quando perceber que ele já está tendo dificuldade para comer, ou devolveu o alimento, é sinal de que ficou satisfeito.
Projeto personalizado
Um aquário pode ir muito além de um simples cubo de vidro. Além da beleza natural dos peixes, é possível adicionar itens de decoração personalizados. O proprietário da L2J Aquários, Leandro Roncato, de Americana, é especialista em montar projetos de acordo com o gosto e espaço do cliente.
“Hoje têm três tipos de busca por aquarismo: de conhecimento, de hobby ou de terapia, para quem procura relaxar. Existem os aquários de água doce e salgada. Água doce é um sistema mais iniciante, mais fácil de manter e cuidar. Já a água salgada é um sistema mais complexo, é necessário ser rígido nos parâmetros para se obter um ótimo sistema no aquário”, explica.
Para iniciar o projeto, Leandro conta que é importante saber o nível de conhecimento sobre aquarismo do cliente e, depois, entender qual fauna pretende ter no projeto. Assim, ajuda a definir o tamanho do aquário, tipo de filtragem, tipo de água.
“O betta, por exemplo, é um peixe que fica sozinho e é territorialista. Para ele, um aquário de 30cm x 30cm x 30cm seria o suficiente com uma filtragem simples. Aruanã, arraias ou jumbos já necessitam de projetos de no mínimo 200 cm x 70 cm x 70cm, com sistema de filtragem por sump, tendo o melhor sistema para o desenvolvimento”, completa.
Por fim, é personalizado de acordo com o gosto e sonho do cliente.