Febre do momento
‘Beach sports’ crescem em meio à pandemia
Com distanciamento e ao ar livre, esportes praticados em quadras de areia, como beach tennis, futevôlei e vôlei de praia ganham espaço na pandemia em Americana
Por Rodrigo Alonso
26 de setembro de 2021, às 08h30 • Última atualização em 27 de setembro de 2021, às 07h25
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/esporte/esportes-da-regiao/beach-sports-crescem-em-meio-a-pandemia-1623509/
O surgimento do coronavírus (Covid-19) atrapalhou todo o calendário esportivo, tirou os torcedores de cena e prejudicou a rotina dos atletas, que precisaram se adaptar diante das restrições. Porém, em meio a esse caos, um segmento conseguiu evoluir: o dos chamados “beach sports”.
Em Americana, os esportes em quadras de areia, como beach tennis, vôlei de praia e futevôlei, ganharam espaço durante a pandemia da Covid-19. Um dos motivos apontados por quem pratica é que eles possibilitam distanciamento social, além de serem disputados ao ar livre.

“Ninguém mais queria tanto ficar dentro de um lugar fechado, porque não podia, e ter de ficar limpando equipamentos. O beach é totalmente aberto, tem uma distância entre os jogadores”, afirma Fernanda Paiuta, de 42 anos, que administra a Rimini Beach Tennis com seu marido, Diogo Paiuta, 42.
Só neste ano, a cidade passou a abrigar, pelo menos, mais três locais que trabalham com beach sports, entre eles a Rimini. No entanto, esses esportes já estavam em ascensão mesmo antes da Covid-19, principalmente o beach tennis, que se tornou uma febre entre todas as idades.
“É um mundo totalmente diferente. Você vai em um torneio de beach tennis e vê várias famílias. A interação é muito grande”, diz Danilo Glasser, de 44 anos, dono do Aloha Beach Sports.
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Medalhista paralímpico na natação, ele conheceu o beach tennis quando trabalhava como professor de tênis em Santa Bárbara d’Oeste e, logo de cara, viu potencial na modalidade.
“Eu tinha aluno de tênis que, com seis, sete meses de aula, chegava para mim e falava que ia desistir, porque fazia tempo que estava na quadra e não desenvolvia. E o beach tennis é muito tranquilo. Com, no máximo, um mês de aula, você já está jogando”.
Danilo inaugurou o Aloha Beach Sports há dois anos, em 2019. E, neste ano, o espaço se expandiu com a implementação de um bar e restaurante comandado pelo chefe de cozinha Leandro Fagnani, de 31 anos, que inicialmente frequentava o local apenas como aluno de beach tennis. Hoje, ele também dá aula da modalidade.
“O fato de já ter experiência com esporte com raquete, de ter essa liberdade de estar com o pé na areia, foi o que me motivou a jogar”, conta Leandro, que, a vida toda, jogou tênis de mesa.
O beach tennis costuma ser praticado, até mesmo, por famílias. O corretor de seguros Thiago Gonçalves, de 42 anos, joga toda semana com a esposa Fernanda, 38, e o filho Lorenzo, 7.
“É um esporte que não tem muita distinção de sexo, não tem distinção de idade. Então, todo mundo consegue jogar, todo mundo consegue brincar”, destaca Thiago.
O futevôlei e o vôlei de praia também têm feito sucesso na cidade e, inclusive, são o carro-chefe do Americana Beach. Os proprietários Jefferson Moreira dos Santos, de 37 anos, e Marcelo Pedrini Sodré, 39, já tinham um campo de futebol society no município.
Filosofias do cotidiano no blog da Alessandra Olivato.
Com a clientela espantada pela pandemia, eles também decidiram abrir um espaço com quadras de areia neste ano. “Foi a pandemia que fez a gente se reinventar”, aponta Jefferson.
No caso da VG Sports, inaugurada em 2019, sua criação está totalmente ligada ao futevôlei. O proprietário Vinícius Gonçalles Furtado, de 27 anos, pratica a modalidade desde 2006, influenciado pelos pais e pelo tio, que disputavam torneios na Praia dos Namorados na década de 80.
“O futevôlei tem seus atrativos em razão de conciliar a melhora do condicionamento físico num ambiente de diversão ao ar livre”, afirma.
AMBIENTE
De forma geral, o aluguel das quadras custa de R$ 60 a R$ 100 por hora. Os estabelecimentos também oferecem aulas. Em determinados casos, há a opção de day use, que permite o uso do espaço durante o dia todo, mediante o pagamento de um valor. Existem, ainda, os chamados clubes de beach tennis, nos quais as pessoas pagam uma mensalidade e podem utilizar o local quando quiserem.
Em suas programações, os estabelecimentos visam unir esporte e lazer. “A nossa intenção é promover saúde, bem-estar, dando seguimento ao meu trabalho, e trazer a galera para se divertir”, diz Fernanda Rodrigues da Costa, de 36 anos, dona do Zero a Zero Centro Esportivo.
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Ela montou o local neste ano, em parceria com o esposo, o engenheiro Fabricio Rodrigo da Costa, de 42 anos, após terem sido prejudicados pela pandemia. Personal trainer, Fernanda perdeu alunos, enquanto seu marido acabou dispensado do emprego.
Os ambientes de beach sports, normalmente, se assemelham ao de uma praia, com mesas, cadeiras e enfeites característicos. Além das quadras, os espaços também costumam contar com outras atrações, como bar, restaurante e loja de artigos esportivos.