Já são seis gerações e 18 milhões de unidades emplacadas mundo afora. Esses dois números seriam suficientes para contar a história do Volkswagen Polo, que está desde 2017 na sexta geração e passou em abril deste ano por uma reestilização.

Nessa atualização de meia-vida, o Polo cresceu em estilo e conteúdo, que valorizam a característica que sempre decretou o sucesso do modelo, de ser suficientemente compacto para a cidade e ter espaço e conforto para viagens.

O novo Volkswagen Polo avaliado conta com o motor turbo de três cilindros (TSI) de 1.0 litro, que rende 95 cv, com transmissão manual no Brasil, este propulsor é flex, rende entre 116 e 126 cv e trabalha sempre com câmbio automático. A versão de acabamento é a Style, seguindo a nova nomenclatura da marca usada na Europa.

À primeira vista, o carro já mostra sua novidade estilística mais relevante: a assinatura luminosa que cruza toda a frente, ligando os conjuntos óticos com matriz de led por um filete na parte inferior da estreita grade, interrompida apenas pela logomarca em preto e cromado.

Esse adorno iluminado está disponível de série nas versões topo de gama Style, R-Line, mas só aparece nas configurações de entrada, Polo e Polo Life, quando há a opção pelos faróis IQ Light, que contribuem para dar um olhar decididamente mais esportivo ao carro. Juntamente com o equipamento, a grade inferior recebe um design revisado.

De perfil, no entanto, o Polo permanece inalterado embora a Volkswagen ofereça um novo design para as rodas de liga leve. Na parte traseira, a alteração se concentra no desenho das lanternas, que agora estão horizontalizadas e mais alinhadas com os outros modelos da marca. Elas passaram a ser divididas, com uma parte integrada à nova tampa traseira. O para-choque também recebeu um novo desenho e traz dois refletores vermelhos na parte inferior.

Por conta da nova lanterna, o vão de abertura do porta-malas foi ligeiramente reduzido, mas o volume interno para carga não se alterou: manteve os mesmos 351 litros. Apenas na configuração Style há a possibilidade de ter o teto em cor contrastante.

Por dentro, na marcha do mercado, o novo Polo foi aprimorado com muita tecnologia, começando pelo Cockpit Digital – sempre claro e bem legível mesmo sob a incidência do Sol.

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TECNOLOGIA. A tela do sistema multimídia tem 9,2 polegadas e agora oferece espelhamento sem fio para Apple CarPlay e Android Auto. Ele segue a mesma lógica do VW Play usado no Brasil, que elimina os comandos físicos do console.

O mesmo acontece com ar-condicionado automático, que agora se chama Climatronic Touch e gerencia o clima a partir de um display digital, que dá um visual mais limpo, mas é bem menos prático que os ajustes por botão.

Quanto aos acabamentos, mesmo na versão de topo, o plástico rígido ocupa boa parte do compartimento do passageiro. Não passa a ideia de refinamento. Na verdade, tem o efeito oposto. Cada montagem parece robusta e o cockpit comunica grande solidez ao motorista.

Neste face-lift, o Volkswagen Polo ganhou um estilo que o aproxima dos modelos maiores, com um nível de tecnologia semelhante – e bem de acordo com o que de melhor é encontrado no segmento de compactos.

Com preços que começam em 18.700 euros – R$ 120 mil e vão até os 26.650 euros – R$ 171 mil da versão Style, sem opcionais, o Polo decididamente não é o segmento B mais barato do mercado generalista europeu. Porém a qualidade percebida e o nível de segurança a bordo estão entre as mais altas da categoria e pode fazer valer o custo.