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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Saúde

Hospital Municipal tem nova confusão entre médicos e diretoria

Confusão envolvendo presidente da Fusame e os médicos Dr. Daniel e Adriana Carina Polito Cardoso foi parar na polícia

Por Ana Carolina Leal

06 de janeiro de 2022, às 07h45 • Última atualização em 06 de janeiro de 2022, às 08h55

Em meio à alta procura por atendimento por conta do surto de gripe e Covid-19 que acomete o País, o Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, foi palco na noite desta terça-feira de uma confusão envolvendo o presidente da Fusame (Fundação de Saúde do Município de Americana), Douglas Henrique Magalhães Ferreira, e os médicos Dr. Daniel, também vereador, e Adriana Carina Polito Cardoso.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelo casal de médicos, a discussão, que teve inclusive agressões mútuas, teria sido motivada após o presidente da Fusame tentar impedir a entrada de Adriana e do vereador Vagner Malheiros no quarto de um paciente com câncer que ambos tentam ajudar com uma transferência para hospital especializado.

“O paciente precisa de uma cirurgia e está quase um mês sofrendo, com dor. Tanto eu como o vereador estávamos indo ao quarto para conversar com a mulher desse paciente. O Douglas apareceu e disse que não poderíamos entrar. E ele não tem esse direito”, declarou Adriana em entrevista ao LIBERAL.

Douglas, por sua vez, disse via assessoria que não questionou nem proibiu a entrada de Adriana, mas sim do vereador Vagner Malheiros que, segundo ele, não poderia estar naquele local sem autorização da diretoria, o que foi permitido na sequência.

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O presidente da Fusame afirmou ainda que na saída do pronto-socorro viu o também vereador Dr. Daniel, médico no hospital, acusando-o de estar perseguindo a mulher dele.

O casal teria o ofendido verbalmente e a médica o teria empurrado três vezes desferindo alguns tapas em seu rosto. Ao LIBERAL, Adriana disse que Douglas a agrediu e a assedia moralmente.

Em nota, a prefeitura classificou o episódio como lamentável e disse ser um desrespeito aos profissionais que estão atuando no HM e, principalmente, à população em um momento de alta na procura por atendimento.

A administração afirmou ainda que foi necessário, inclusive, a intervenção da Guarda Municipal para acalmar os ânimos e para registro dos fatos. “Todo o ocorrido será apurado e serão tomadas as medidas cabíveis”, traz trecho da nota.

O vereador Vagner Malheiros disse que por ora não se manifestaria sobre a confusão. Disse que a preocupação dele é com o paciente, que foi orientado por ele sobre a possibilidade jurídica de se pleitear judicialmente o tratamento, o que de fato aconteceu.

Nesta quarta, o juiz de Americana, Luis Gustavo Primon, deferiu o pedido de tutela de urgência feito pelo paciente e determinou a transferência dele no prazo de 48 horas para hospital de referência pelo Sistema Cross (Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde) administrado pelo Estado. O município disse que comunicou à Cross a respeito da decisão e solicitou a vaga dentro do prazo estabelecido.

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