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Pet

Câncer em pets: sintomas, investigação e tratamento

Saiba mais sobre a doença em animais domésticos e veja como agir com o seu pet

Por Stela Pires*

17 de outubro de 2022, às 08h41 • Última atualização em 17 de outubro de 2022, às 08h42

Os pets estão sujeitos à doença; câncer de mama e pele são os mais comuns - Foto: Jay - Adobe Stock

O assunto é sério e até amedrontador quando envolve o câncer. A doença que tanto assusta quando em seres humanos, também pode acometer os animais domésticos e, se não tratada, levar a morte.

O câncer é uma enfermidade que representa um conjunto de doenças, de acordo com a médica veterinária especialista em oncologia Marcela Scherr. “Inicialmente é uma célula que na hora de se dividir teve um erro no seu código genético e ganha capacidade de se multiplicar muito rapidamente”, disse.

O aglomerado de células ganha a capacidade de se deslocar para outros órgãos, criando metástases e ficando imortal. “A partir daí, toda a maquinaria, toda a imunologia do animal passa a funcionar de forma diferente”, explicou a veterinária.

Para sobreviver, o aglomerado precisa ser invisível ao sistema imunológico do animal, então secreta substâncias que criam um envelope para que fique camuflado.

Essa célula consome 50 vezes mais energia do que uma saudável, por isso o metabolismo do animal muda, causando o conjunto de doenças que o câncer carrega, como a anemia.

Os mais comuns em animais são o câncer de mama, de pele e linfomas. De acordo com a veterinária, os sinais no animal são vários: emagrecimento sem causa aparente, sangramento espontâneo, ferida que não cicatriza há mais de três semanas, nódulos que não desaparecem e de repente têm um pico de crescimento, dor, apatia, febre que aparece e desaparece sem tratamento.

“Nem todo o tumor se manifesta como um caroço, então algumas formas de câncer aparecem como um nódulo na pele do animal, mas tem muitos outros que aparecem internamente e não se manifestam como um nódulo”, explicou Marcela.

O primeiro passo da investigação é a pulsão aspirativa com a agulha fina, uma biopsia que não causa nenhum risco ao animal, com resultado rápido e de baixo custo. “Um exame que 80% das vezes costuma nortear a origem daquele processo”, explicou.

O resultado da pulsão muitas vezes indica uma infecção ou inflamação, descartando o câncer. A partir do resultado do exame, o médico veterinário tem informações suficiente para definir os próximos passos que serão tomados no tratamento.

TRATAMENTOS. Há inúmeros tipos de procedimentos para tratar o câncer nos animais, e, de acordo com a veterinária, a maior taxa de sucesso é quando são associados diversos tratamentos. “Por exemplo: imunoterapia, que seria a estimulação da imunidade do animal, eletroquimioterapia, cirurgia, quimioterapia e medicina integrativa”.

E os tutores podem ficar despreocupados, as reações aos tratamentos não costumam acontecer. Segundo Marcela, eles não possuem os efeitos colaterais que os humanos possuem.

Só para a quimioterapia existem pelo menos 30 classes de fármacos, cinco maneiras de montar um protocolo e um intervalo de aplicação que é variável de acordo com as condições fisiológicas do pet.

“Se por ventura eles apresentarem algum efeito colateral como vômito ou diarreia, a próxima aplicação é reformulada para que isso não aconteça de novo”, disse.

Mas a cura será mais facilitada quando a doença é descoberta logo no início. “Tão importante quanto o tipo da lesão, o que deu origem, se é um tumor maligno ou benigno, é o estagiamento clínico”.

O estagiamento nada mais é do que o nível de acometimento do animal pelo tumor, e quanto mais precoce o diagnóstico, menor a taxa de acometimento no organismo do pet. “Então as consultas periódicas são imprescindíveis para que possamos fazer um diagnóstico precoce”, disse.

‘Outubro Rosa’ também inclui os pets em S. Bárbara

Com a ideia de que o câncer de mama não é exclusividade dos seres humanos, acontece a palestra “Um afago que vale uma vida: a importância da prevenção ao câncer de mama em nossos pets” no dia 19 de outubro, às 19h, no Auditório da Secretaria de Educação de Santa Bárbara d’Oeste.

Para tratar sobre o tema e conscientizar o público, a palestra será comandada pelo médico veterinário especializado em cirurgia oncológica e pós-graduado em oncologia clínica, Prof. Dr. Carlos Eduardo Rocha. A palestra é direcionada a veterinários, estudantes de medicina veterinária, protetores, pet shops e tutores. Os organizadores da palestram pedem a doação de 1 kg de ração. A presença deve ser confirmada pelo telefone (19) 99455-8613. *Estagiária sob supervisão de Valéria Barreira

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