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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Santa Bárbara

Acusado de matar três em Santa Bárbara é condenado a 48 anos de prisão

Bruno Ferreira cometeu o triplo homicídio em fevereiro de 2022; defesa e Ministério Público prometem recorrer da sentença e réu continuará preso

Por Cristiani Azanha

18 de abril de 2023, às 07h30 • Última atualização em 18 de abril de 2023, às 09h23

Corpo de Willian foi encontrado no Parque da Liberdade, em Americana - Foto: Will Magri - Dvulgação

O Tribunal do Júri condenou, nesta segunda-feira (17), o réu Bruno Ferreira a 48 anos de prisão em regime fechado, pelo triplo homicídio que ocorreu no Jardim Esmeralda, em Santa Bárbara d’Oeste, em fevereiro de 2022. Na sentença, a juíza da 1ª Vara Criminal, Camilla Marcela Ferrari Arcaro, também considerou os agravantes de recurso que dificultou a defesa da vítima e motivo torpe.

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Os advogados do acusado e o MP (Ministério Público) adiantaram que pretendem recorrer da sentença. O réu continuará preso. De acordo com a denúncia do promotor Rodrigo Aparecido Tiago, o crime ocorreu após uma discussão entre o acusado e Willian Lopes Pereira, de 30 anos. A vítima morreu com um tiro na nuca a queima roupa.

Duas testemunhas que presenciaram o assassinato também foram mortas como queima de arquivo, segundo o MP. Tratam-se de Cláudio Afonso Silva de Souza e Matheus Breendel Santana da Cunha, ambos de 26 anos. Os corpos das vítimas foram encontrados abandonados no Jardim Esmeralda, em Santa Bárbara, e no Parque da Liberdade, em Americana.

O promotor disse que apesar da condenação, considera que a pena poderia ser maior. “Deveremos recorrer para aumentar a pena, pois consideramos que poderiam ser considerados outros agravantes, principalmente durante o curso do processo.”

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Para a advogada Mariane Campos da Silva Bacchin, que representou o acusado, seu cliente recebeu as respectivas penas mínimas sobre o caso, mas ela vai pedir a anulação do processo.

“Temos certeza na absolvição, pois ele não matou. Ainda tem uma investigação em curso para chegar até os culpados”, afirma a defensora que acompanhou o caso junto com os advogados André Leonardo Quilles e Gustavo Henrique Pires.

Os familiares das vítimas acompanharam o júri e ficaram satisfeitos com a condenação. A mãe de Willian disse que nenhuma condenação vai diminuir a dor de ter velado o próprio filho. “Ele não matou somente meu filho, mas a família inteira. Foi difícil chegar ao Fórum para ser ouvida e ter que olhar para o responsável pela morte.”

A irmã de Matheus, que estava acompanhada da mãe, diz que seu irmão foi o único que chegou a ser socorrido ao hospital, mas não resistiu.

“Não ficou claro como o crime aconteceu. A gente só sabe que meu irmão foi baleado junto com Cláudio. Nos chamaram ao hospital para falar que era um acidente de carro, mas minha mãe acabou tendo que reconhecer o corpo do filho.”

Já o cunhado de Cláudio lembra que na época do crime teve que acompanhar a esposa, que estava grávida de apenas um mês, no reconhecimento do corpo e nas providências do funeral. 

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