Santa Bárbara
MP quer pena maior do que 60 anos para condenado por triplo homicídio
Bruno Ferreira é acusado de matar três homens em crimes ocorridos em fevereiro de 2022, no Jardim Esmeralda
Por Cristiani Azanha
02 de maio de 2023, às 07h52 • Última atualização em 02 de maio de 2023, às 09h28
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/s-barbara/mp-quer-pena-maior-do-que-60-anos-para-condenado-por-triplo-homicidio-1948667/
O Ministério Público apresentou recurso para aumentar a pena do homem condenado por triplo homicídio, em Santa Bárbara d’Oeste. Bruno Ferreira foi punido com 48 anos de prisão pelo Tribunal do Júri no último dia 17. No entanto, o promotor Rodrigo Aparecido Tiago entende que a pena deveria ser, ao menos, um terço maior, ou seja, de 64 anos de prisão.
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Bruno é acusado de matar três homens em crimes ocorridos em fevereiro de 2022, no Jardim Esmeralda. De acordo com a denúncia do MP, o primeiro assassinato ocorreu após uma discussão entre o acusado e a vítima Willian Lopes Pereira, de 30 anos, que morreu com um tiro na nuca à queima-roupa.
Duas testemunhas que presenciaram o homicídio também foram mortas como queima de arquivo, segundo o MP. Tratam-se de Cláudio Afonso Silva de Souza e Matheus Breendel Santana da Cunha, ambos de 26 anos. Os corpos das vítimas foram encontrados abandonados no Jardim Esmeralda, em Santa Bárbara, e no Parque da Liberdade, em Americana.
Na sentença do mês passado, a juíza da 1ª Vara Criminal, Camilla Marcela Ferrari Arcaro, considerou agravantes no caso e o condenou Bruno, após decisão do júri, a 48 anos de prisão, em regime fechado.
A Promotoria, no entanto, discorda da sentença, que considerou pena mínima, de 12 anos, por cada um dos três homicídios. A legislação prevê até 30 anos.
“O apelado demonstrou dolo intenso e total desprezo com a vida alheia, revelando personalidade desvirtuada, tentando ocultar provas (veículo) e fazendo uso do telefone celular de dentro da cadeia para intimidar testemunhas”, justifica o promotor.
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“Em plenário, familiares dos ofendidos, notadamente a irmã de Cláudio e a genitora de Matheus, narraram diversas mensagens intimidatórias por eles recebidas, inclusive postagens em redes sociais atribuídas ao apelado, que revelou o mais absoluto desprezo pelo sofrimento alheio. Do mesmo modo, o deslocamento e abandono do corpo de Willian em local distante do palco dos acontecimentos, em cidade diversa, inclusive tentando desvincular aludido homicídio dos demais crimes apurados”, argumenta o promotor, na apelação apresentada para aumentar a pena.
A apelação ainda deve ser remetida ao Tribunal de Justiça de São Paulo, a segunda instância, onde poderá ser analisada. Ainda não há prazo para que isso ocorra. O LIBERAL tentou contato com a defesa de Bruno, para comentar o assunto, mas não houve retorno.