Economia
Mudança no ICMS deve elevar preço da gasolina em R$ 0,26 na região
Valor é estimado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas a partir desta quinta
Por Ana Carolina Leal
01 de junho de 2023, às 07h32 • Última atualização em 01 de junho de 2023, às 07h57
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/mudanca-no-icms-deve-elevar-preco-da-gasolina-em-r-026-na-regiao-1964730/
A mudança na alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o preço da gasolina deve elevar em R$ 0,26 o valor do combustível nos postos da região. A estimativa é do Recap (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas), que abrange 90 cidades, entre elas Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia.
A previsão de alta é reflexo da nova sistemática de cobrança do imposto estadual sobre a gasolina que a partir desta quinta-feira, dia 1º de junho, passará a ser cobrado em valores, e não mais em percentual. Os estados acordaram uma alíquota de R$ 1,22 por litro.
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Presidente do sindicato, Emílio Martins afirma que o imposto unificado dificulta fraudes, principalmente nas operações interestaduais. Por outro lado, pontua, que mudança de imposto, geralmente, é para mais, então, o impacto será em torno de R$ 0,26 a partir desta quinta-feira.
“Os combustíveis no Brasil têm muitas variáveis e os que estão na bomba não são puro. E de uns tempo para cá, desde o último governo até agora, o combustível vem sofrendo variações muito grandes por conta do imposto. Portanto, essa variação é normal para a realidade que vivemos no Brasil”, comenta.
O empresário Gugliardo Ardito Junior, do posto São Vito, acredita que a alta deva oscilar entre R$ 0,20 e R$ 0,30. Porém, ele não pretende alterar o preço já nesta quinta-feira. “Vou segurar por mais um dia para ver quanto vem da companhia. Se o impacto for pequeno, a gente pode até segurar o preço – R$ 5,19 – para aumentar as vendas, que estão devagar”, afirma.
Até esta quarta-feira (31), a alíquota de ICMS variava de 17% a 22%. O percentual era calculado sobre um valor de referência, divulgado pelos governos estaduais a cada 15 dias. Desta forma, quando o preço da gasolina subia nas bombas, o valor de referência usado pelos governos no cálculo do imposto também aumentava, o que por sua vez acabada elevando o tributo cobrado e “alimentando” o impacto para o consumidor.