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EDUCAÇÃO

Pesquisador da Unicamp defende políticas públicas no entorno das escolas

Durante evento em Santa Bárbara, especialista afirmou que medidas emergenciais tomadas no ambiente escolar não devem virar regra

Por Cristiani Azanha

04 de junho de 2023, às 15h47

Sidney Aguilar Filho comentou o assunto durante seminário sobre segurança - Foto: Câmara de Santa Bárbara / Divulgação

Aparentemente, a rotina das escolas está voltando ao normal. A comunidade ainda se recupera da onda de medo espalhada por fake news de um possível atentado programado para o dia 20 de abril. Nada aconteceu, mas a insegurança já estava instalada. As prefeituras da região investiram em câmeras, guardas e vigilantes.

O pesquisador e historiador da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Sidney Aguilar Filho, que tem vasta experiência em educação, participou no último dia 24 de um seminário sobre Segurança nas Escolas, na Câmara de Santa Bárbara d’Oeste, e falou sobre o tema.

Ele entende que algumas medidas foram tomadas no ambiente escolar, em uma situação de emergência por um curto período, mas não devem virar regra.

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“O policial deve entrar na escola como pai de aluno ou convidado. Se for por outro motivo, algo está errado. A escola não deve ter muralhas, mas sim as portas abertas para a comunidade”, diz.

Sidney considera que muito mais do que pensar na segurança nas escolas é importante desenvolver políticas públicas no entorno.

“É preciso analisar o que tem próximo das escolas, quem são as pessoas que ficam nas imediações, se tem bares, pontos com falta de iluminação”, enfatiza.

O professor afirma que a escola deve ser um local prazeroso e tranquilo, onde os estudantes devem adquirir conhecimento, já que a educação é a atribuição do ambiente familiar.

O diretor regional de ensino de Americana, Haroldo Ramos Teixeira, que participou do evento, entende que foram necessárias, em um primeiro momento soluções rápidas, com propostas sem reflexão.

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“Nas emergências, que atua são os agentes de segurança pública. A escola entra de maneira assertiva e sem violência. Mas deve combater o bullying e apoiar familiares.”

A vereadora barbarense Esther Moraes (PL), que organizou o seminário com apoio do Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), do SindProSBO (Sindicato dos Professores de Santa Bárbara d’Oeste) e do Conselho Municipal de Educação, diz que está finalizando algumas propostas sobre as ações no entorno das escolas e em breve deve encaminhar ao Executivo.

“Precisamos proteger as nossas escolas, não é construir muros mais altos, mas sim possibilitar que a comunidade entre e cuide daquele espaço e que as políticas públicas funcionem. Existe um provérbio africano que diz que é necessária uma aldeia para se cuidar de uma criança e é isso que a gente quer fazer”.

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