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SAÚDE ANIMAL

Displasia coxofemoral: diagnóstico precoce é fundamental

Médica Veterinária aponta que tratamentos podem oferecer qualidade de vida ao animal

Por Stela Pires

19 de junho de 2023, às 07h39 • Última atualização em 19 de junho de 2023, às 07h40

Displasia coxofemoral é uma síndrome que se caracteriza pelo desenvolvimento anormal da articulação coxofemoral, localizada no quadril, comum em cachorros de grande porte e causadora de dores e desconforto físico, prejudicando a saúde e bem-estar dos pets. Quando diagnosticada precocemente, mesmo não tendo cura, os tratamentos oferecem qualidade de vida para os animais, de acordo com a médica veterinária diretora do LM+ Hospital Veterinário, de Americana, Salete Candido.

A médica veterinária Salete Cândido, do LM+ Hospital Veterinário – Foto: Marcelo Rocha_LIBERAL

“Nem todos os cães com displasia coxofemoral apresentam sintomas clínicos perceptíveis ao tutor quando jovens. Portanto é importante que a família do pet, principalmente dos que têm predisposição racial, realizem exames preventivos como radiografias de triagem em idade precoce de seis a 12 meses de idade”, disse a veterinária.

Esses exames podem ajudar a identificar a doença em estágios iniciais, assim agilizando o início das medidas terapêuticas preventivas.

A displasia se manifesta principalmente em cães de raça grande e gigantes de crescimento e desenvolvimento rápidos. De acordo com Salete, as principais raças acometidas são pastor alemão, rottweiler, golden retriever, labrador, são bernardo e mastiff, mas não as únicas.

Por ser uma doença multifatorial, além da predisposição dos animais, fatores ambientais associados com a genética também influenciam no aparecimento da doença. “A displasia se manifesta em diferentes graus de severidade e os fatores ambientais que vão determinar isso são a alimentação excessiva, rápido ganho de peso, castração precoce e viver em ambiente de piso muito liso”, explicou a médica.

E não só os ‘grandões’ são acometidos pela doença. Salete relata que na rotina hospitalar tem contato com raças de pequeno e médio porte que desenvolveram o problema, principalmente quando os fatores ambientais contribuem. Alguns exemplos são pugs, bulldogs e terries, e até mesmo spitz quando estão com sobrepeso. Os felinos não ficam de fora, gatos da raça maine coon também podem desenvolver o problema.

De acordo com a veterinária, a displasia coxofemoral é uma condição crônica e progressiva, e não há uma cura definitiva para ela. No entanto, existem várias opções de tratamento disponíveis para ajudar a controlar os sintomas, melhorar a qualidade de vida do cão e minimizar a progressão da doença.

O tratamento varia de acordo com a gravidade dos sintomas, idade do cão e outros fatores, podendo ter muitas possibilidades. Elas são: manejo conservador para casos leves, controlando o peso para evitar sobrecarga nas articulações e exercícios de baixo impacto; nutrição adequada; medicamentos; suplementos nutricionais; e cirurgia.

Outra orientação de Salete são as terapias complementares. “Além da fisioterapia, outras terapias, como acupuntura e quiropraxia, podem ser consideradas para aliviar a dor, melhorar a mobilidade e promover o bem-estar geral”.

“Lembre-se de que o objetivo do tratamento não é a cura completa, mas sim melhorar a qualidade de vida do cão, aliviar a dor e promover a mobilidade. Com um manejo adequado, muitos cães com displasia coxofemoral podem levar uma vida confortável e ativa”, disse Salete.

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