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Um álbum de retratos da vida
Por Katya Forti
02 de agosto de 2023, às 07h52
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Sim, incontáveis são os desafios da convivência familiar. Bem como felizes são todos aqueles que colecionam ocasiões especiais, no vasto universo que contempla as memórias afetivas.
Em se tratando deste assunto, podemos dizer que apesar dos conflitos e enfrentamentos diários, que nos são apresentados e colocados a nós como oportunidades ímpares de crescimento e evolução, há aqueles momentos mágicos, onde o sorriso se expande em nossa face. Viemos de uma geração que teve uma infância plena de atividade, brincadeiras ao ar livre, joelhos ralados, gargalhadas, agitação, suor, briguinhas que duravam apenas algumas horas, como o “estou de mal”. Sofríamos demais por isso. Mas bastava amanhecer o dia, para tudo voltar a ser como era antes.
Seguindo o curso natural, os nossos pais, que nesta época eram relativamente jovens e tinham disposição para acompanhar a intensa rotina dos filhos, apresentam atualmente a idade avançada e todas as “ites”, que estão no pacote. Sendo que a vitalidade já não é mais a mesma.
Mas o que fica de mais valioso em tudo isso? Sem dúvida alguma, o presente que nos é oferecido por Deus, do tempo em que nos for permitido conviver em seio familiar, com os nossos genitores.
Trata-se de algo precioso, uma herança moral, repleta de alegrias, dificuldades enfrentadas e superadas, e que nos define como pessoa. A nossa índole, os valores que nos foram ensinados, as nossas crenças, enfim.
No instante crucial das perdas, sentimo-nos dilacerados, como se não houvesse mais razões para continuarmos existindo. Devemos por outro lado ficar felizes e agradecer por tudo aquilo que pudemos agregar nesta existência, quando sabemos que há outros tantos que não tiveram a mesma chance.
Katya Forti
De Americana. Pedagoga e escritora
katyaforti.kf@gmail.com
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