Aniversário
Os 11 dos 110 anos do Rio Branco
Para celebrar o aniversário do Tigre, nesta sexta-feira, LIBERAL pediu que quatro pessoas ligadas ao esporte de Americana fizessem suas escalações de todos os tempos
Por Lucas Ardito* e Gabriel Pitor
03 de agosto de 2023, às 07h17 • Última atualização em 03 de agosto de 2023, às 07h19
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/esporte/esportes-da-regiao/os-11-dos-110-anos-do-rio-branco-1999514/
O Rio Branco Esporte Clube completa 110 anos de história nesta sexta-feira. Para celebrar o aniversário do primeiro Tigre do Brasil, o LIBERAL pediu a quatro pessoas do meio esportivo da cidade, com história junto ao clube, que escalassem os onze melhores jogadores que já passaram pela equipe de Americana.
“Trabalhei por muitos anos no Rio Branco. São muitos craques, é muito difícil montar um onze. É até injusto com quem fica de fora”, disse Fred Smania, um dos convidados pelo LIBERAL. Também participaram o narrador Jota Júnior, o jornalista e historiador Claudio Gioria, além do ex-treinador Zé Pulga.
Escalação feita por Fred Smania – Foto: Editoria de Arte / Liberal Escalação feita por Claudio Gioria – Foto: Editoria de Arte / Liberal Escalação feita por Zé Pulga – Foto: Editoria de Arte / Liberal Escalação feita por Jota Júnior – Foto: Editoria de Arte / Liberal
A década de 1990 representou os anos dourados da história do Tigre. Do acesso à primeira divisão estadual pela primeira vez à revelação de grandes jogadores no cenário nacional e internacional, o Rio Branco colecionou momentos especiais. Dos atletas citados, Flávio Conceição e Macedo atuaram neste período e estão em todas as seleções.
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Além deles, alguns nomes marcantes que foram lembrados mais de uma vez são Souza e o técnico Cilinho, três vezes cada; Aritana, Marcos Assunção, Mineiro, César Xavier, Gilson, Claudir e Ailton Luis, duas vezes cada. De outros períodos históricos, apenas seis jogadores não atuaram no clube entre 1990 e 1999.
Os atletas lembrados fora dessa década foram o goleiro Carlinhos (1979), o lateral-direito Odair Patriarca (1989), o zagueiro Alfredo Vitta (décadas de 1910 e 1920), o lateral-esquerdo Claudinho (1986), além dos atacantes Mário Celso (anos 1980) e Edmar (décadas de 1970 e 1980).
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Alfredo Vitta é o jogador mais antigo. Citado pelo historiador Claudio Gioria, o zagueiro foi bicampeão do interior de 1922 e 1923, sendo o principal líder daquela equipe, que estava em seus primeiros anos de vida.
Além de jogador, o defensor era marceneiro e ficou no Rio Branco por dez anos, de 1916 a 1926, disputando 69 partidas e marcando dois gols. Ainda jogou junto com seus irmãos, Raphael e Paschoal.
Por outro lado, o jogador mais recente da lista atuou em dois momentos pelo clube. Macedo, atacante que foi unanimidade nos onze melhores do Tigre, jogou entre 1989 e 1990 e voltou em 2003. Somando as passagens, o atleta disputou 55 partidas e marcou 22 gols no Rio Branco.
Uma peculiaridade é a ausência do maior artilheiro da história do clube, Sérgio Scarpin. Entre os anos 1940 e 1950, o atacante disputou 65 jogos e marcou 50 gols, número jamais alcançado por outro atleta até hoje.
Esquadrão da década de 80
A ideia do especial de 110 anos do Rio Branco surgiu de outra pesquisa publicada pelo LIBERAL, em 17 de janeiro de 1990. O então repórter Zaramelo Júnior ouviu 50 torcedores e jornalistas da cidade para escalar o “time da década de 1980” do Rio Branco.
Os onze escolhidos foram: em pé – Afrânio Riul (técnico), Ary, Aílton Luís, Silvio Luiz, Dodô e Sony; agachados – Odair, Pianelli, Cássio, Paulinho Paraná, Dau e Bispo. Ercides foi eleito o jogador-símbolo.
Os anos 1980 foram de “quase” para o time de Americana, mas na década seguinte o Tigre conquistou o acesso à primeira divisão do futebol estadual, na qual permaneceu até 2007, sendo que o jogo decisivo pelo acesso aconteceu no dia 1º de dezembro de 1990, em um empate em 0 a 0 contra o Olímpia, fora de casa.