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Julgamento

Acusado de matar comerciante é condenado a 31 anos e quatro meses

Homem de 41 anos, é apontado como executor do homicídio de Marcos Stival, em 2017, em Americana; julgamento foi realizado nesta terça

Por Guilherme Magnin / Leonardo Oliveira

04 de fevereiro de 2020, às 17h15 • Última atualização em 05 de fevereiro de 2020, às 10h00

A Justiça de Americana condenou nesta terça-feira (4) Rogério Rodrigues Ramalho, de 41 anos, a 31 anos e 4 meses de prisão por roubo e pelo homicídio do comerciante Marcos Antonio Stival Junior, cometido em 2017.

De acordo com a sentença, são 24 anos de prisão pelo homicídio duplamente qualificado e mais sete anos e quatro meses por roubo duplamente qualificado. A defesa do réu avisou que vai recorrer da condenação.

Foto: Reprodução / Facebook
Marcos Stival (foto) foi morto em 2017 no Jardim Boer, em Americana

Durante o julgamento, o réu negou ter participado do crime, mas foi reconhecido por duas testemunhas como um dos indivíduos que invadiram o depósito de bebidas de Marcos, no Jardim Boer, participando de um roubo que foi usado para “mascarar” o assassinato.

Antes dessa condenação, dois homens já haviam sido condenados no ano passado por este mesmo crime. Um deles é Rogério Henrique da Silva, que foi o mandante do crime.

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Também proprietário de um depósito de bebidas no Jardim Boer, ele teria ficado incomodado com o sucesso do estabelecimento de Stival. Ele foi condenado a 19 anos de prisão.

Ele contratou Valdir Ferreira da Silva para ajudar no roubo – este foi condenado a sete anos de prisão. Rogério Ramalho seria o terceiro envolvido no crime.

No Tribunal do Júri desta terça, Ramalho negou conhecer Valdir, mas admitiu que era amigo de Rogério Henrique. “Eu comprava bebida dele, a gente sempre fazia churrasco, eu jogava futebol com ele”, disse o réu.

Rogério Ramalho foi preso pela Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecente) por tráfico de drogas pouco dias depois da morte de Marcos. Na época ele ainda não era um suspeito do crime. Segundo a Polícia Civil, ele era um dos coordenadores do tráfico na região do Antonio Zanaga.

Em sua casa, foi encontrada a arma usada para matar o comerciante. Ramalho negou que o revólver era seu. Ele diz que alguém “plantou” ela em sua residência. “Várias pessoas frequentavam minha casa. Amigos meu. De repente pode ter sido algum indivíduo. A gente, queira ou não, pode ter inimigo. A gente não vai conseguir agradar todo mundo”, argumentou.

Ainda foi lembrado no julgamento que a perícia revelou ligações feitas pelo mandante do crime a um dos telefones encontrados na casa do réu uma hora antes do homicídio.

Logo depois da morte de Marcos, também há um registro de contato telefônico do celular da companheira de Ramalho para o telefone de Marcos Henrique. Questionado, o réu disse que, pela amizade com o dono do depósito de bebidas, sempre ligava para o rapaz.

Confronto

O julgamento se iniciou com depoimento emocionado da mãe de Marcos. A professora Rosângela Cristina da Silva relembrou os acontecimentos do dia do homicídio e se emocionou por diversas vezes, interrompendo seu relato. No dia do crime, Rosângela estava no estabelecimento no momento do assassinato e viu a ação de perto.

Ela lembrou a disputa comercial que teria motivado o crime e a relação do filho com o mandante do crime, já preso e condenado. O momento mais tenso foi quando o juiz pediu para Rosângela olhar no rosto do réu para reconhecê-lo.

Um silêncio de 20 segundos marcou o momento em que a mãe e o suspeito se encararam, seguindo de um sinal afirmativo da professora, reconhecendo aquele homem como um dos indivíduos que invadiram seu estabelecimento.

Em 2017, a professora falou ao LIBERAL quando os três acusados de matarem o filho foram presos. Relembre:

Além da Capa

Confira o episódio desta semana do podcast Além da Capa, que trata sobre os golpes mais comuns aplicados na região. O podcast Esse episódio do Além da Capa explica como essas ações funcionam, o que as vítimas relatam às autoridades e como se proteger da abordagem de criminosos:

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