Mortalidade
Agosto é o mês menos fatal da Covid-19 no ano em Americana
Vigilância Epidemiológica registrou 30 vítimas do novo coronavírus no mês passado no município
Por Marina Zanaki
04 de setembro de 2021, às 08h16 • Última atualização em 04 de setembro de 2021, às 16h21
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/americana/agosto-e-o-mes-menos-fatal-da-covid-19-no-ano-em-americana-1607455/
O mês de agosto teve a menor mortalidade pelo novo coronavírus (Covid-19) desde o início do ano. Os índices da pandemia têm apresentado redução desde julho, creditado por especialistas ao avanço na vacinação. A tendência se acentuou no mês passado e se refletiu no menor número de óbitos em Americana – 30 pessoas morreram com a doença em agosto, abaixo até mesmo de janeiro e fevereiro.
Esse total ainda pode mudar, já que as mortes são contabilizadas apenas após o resultado positivo para a Covid-19 e novas notificações podem entrar nos próximos dias. Contudo, já é uma mostra do efeito da cobertura vacinal na população. A primeira dose foi aplicada em 86% das pessoas com 12 anos ou mais, e 45% dos moradores já concluíram o esquema vacinal.

Apesar dos bons números, a Secretaria de Saúde de Americana segue cautelosa. Isso porque as próximas semanas serão decisivas para o comportamento da pandemia, considerando o avanço da variante Delta, mais transmissível e que já teve casos confirmados na RPT (Região do Polo Têxtil). No ano passado, os números reduziram de forma significativa, mas voltaram a aumentar após a introdução da variante Gama.
Infectologista na linha de frente da pandemia, Arnaldo Gouveia Junior está otimista. Ele cita evidências de que as duas doses das vacinas funcionam bem contra a cepa indiana.
“Quero crer que, se aqui continuarmos vacinando entre um e dois milhões de pessoas por dia, entre primeira e segunda dose, a tendência é ser bem mais tranquilo. Mas para os próximos 30 dias todos os epidemiologistas estão com o coração na mão, vai ser decisivo e veremos o que vai acontecer com a volta do novo normal”, disse o médico.
DISPARADA
Boletim da Fiocruz identificou que o Estado do Rio de Janeiro, onde a variante Delta já é dominante, apresenta aumento de casos da doença. A tendência é oposta ao que vem sendo observado no restante do País, que tem tido queda nos indicadores.
Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp
Por outro lado, os óbitos não estão crescendo na mesma proporção, o que pode ser um indicativo positivo da proteção da vacina. Mas a mensagem final da Fiocruz é de alerta.
“O aumento dos casos é o indicador mais sensível, muitas vezes o prenúncio do aumento de outros indicadores, como hospitalizações, taxa de ocupação de leitos e óbitos. Qualquer decisão de redução de restrições sobre a circulação de pessoas deve ser tomada a partir de uma tendência de queda de indicadores de forma sustentada no tempo. O momento é, portanto, de alerta”, trouxe o boletim.
Gosta de descontos? Conheça o Club Class, do LIBERAL
Novos casos despencam 58%
Os novos casos de Covid-19 notificados em Americana caíram 58% em agosto na comparação com o mês anterior. Segundo os boletins da Vigilância Epidemiológica, foram 1.115 positivos ao longo do mês passado.
As infecções em julho chegaram a 2.713, após o recorde de 4.075 em junho, maior número de toda a pandemia. Desde março de 2020, Americana contabiliza 26.841 infectados pela doença.
O Ivan Maia está sempre Virando a Chave e quer te ajudar a fazer o mesmo em seu blog no LIBERAL.
O infectologista Arnaldo Gouveia Junior lembrou que, apesar da diminuição da circulação, é preciso se proteger.
“Está melhorando, mas ainda não dá para baixar a guarda. E vale lembrar que mesmo vacinado, você pode ter Covid. Se tiver sintomas respiratórios e já foi vacinado, vá fazer o exame, porque pode estar com quadro leve, mas transmitir para os outros achando que está tudo bem”, orientou o médico.