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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Americana

Cadastro Único da prefeitura conta com 659 imigrantes inscritos em Americana

Ao menos 212 são venezuelanos, segundo dados do município; regiões do São Vito e do São Luiz são as que mais concentram estrangeiros

Por Rodrigo Alonso

02 de julho de 2023, às 09h07

Prefeitura fez reunião no último dia 22 para pleitear recursos para refugiados - Foto: Prefeitura de Americana - Divulgação

O município de Americana tem 659 moradores imigrantes inscritos no Cadastro Único, conforme a prefeitura revelou ao LIBERAL. De acordo com o Executivo, a maioria dos estrangeiros está concentrada nas regiões do São Vito e São Luiz, mas existem famílias em todos os pontos do município.

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A administração informou que atende uma família haitiana no programa Família Acolhedora, que consiste no acolhimento de crianças e adolescentes em residência de famílias selecionadas.

Também há uma família haitiana e outra boliviana no abrigo para crianças e adolescentes, além de uma mulher venezuelana na casa de passagem.

Dos imigrantes inscritos atualmente no CadÚnico, 212 são venezuelanos. A reportagem perguntou a naturalidade dos demais estrangeiros, e a prefeitura respondeu com dados de 2021, quando houve o último levantamento oficial realizado por país de origem.

À época, havia 135 venezuelanos. O número era menor apenas do que a quantidade de bolivianos, com 168. Essa lista também conta com imigrantes da Angola, Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Haiti, Itália, Iugoslávia, Japão, Nova Zelândia, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai.

Segundo a prefeitura, o município, por meio do Suas (Sistema Único de Assistência Social), realiza atendimentos particularizados, com direito a acompanhamento familiar e inclusão nos serviços da rede socioassistencial.

Em caso de situação de rua, desabrigo, abandono ou violência, o público é encaminhado para o Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e ou para os serviços de acolhimento, de acordo com a demanda.

No ano passado, a administração instituiu um programa pelo qual um comitê realiza ações voltadas aos estrangeiros, como capacitações, campanhas, cartilhas de orientação sobre acesso aos serviços e direitos sociais, apoio de tradução e intérprete junto aos serviços públicos no atendimento à população em parceria com a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Agora, a prefeitura tenta ser contemplada pelo programa “Operação Acolhida”, do Ministério do Desenvolvimento Social, pelo qual cada município receberá R$ 400 mensais por cada refugiado e imigrante venezuelano acolhido.

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HAITIANOS. Em Americana, também há um trabalho realizado pelo Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo) em prol dos imigrantes haitianos.

Trata-se de um projeto de extensão do centro universitário, que promoveu, a partir de 2015, capacitações para uso da língua portuguesa, entendimento da cultura brasileira e empreendedorismo.

Ao longo desse período, o Unisal atendeu de 100 a 120 haitianos instalados em Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa e Sumaré. Novos estrangeiros passarão pelo mesmo processo a partir do próximo semestre, segundo o professor Flavio Rossi, idealizador do projeto.

“Muitos haitianos não estão mais aqui. Outros foram para São Paulo, outros saíram do País. Enfim, tem todo esse processo, as coisas flutuam. E nós estamos em uma nova realidade. Temos novos haitianos chegando, com as mesmas condições e necessidades lá de 2015”, afirmou.

A haitiana Myterline Joseph Benoit, 31, está na região há dez anos. “Vim parar aqui porque a minha mãe já estava”, contou.

Primeiro, Myterline passou por Santa Bárbara. Atualmente, ela mora em Americana, onde trabalha como corretora de imóveis. “Sempre quem chega tem um acolhimento”, comentou a haitiana, que destacou o projeto do Unisal.

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