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8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
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OCUPAÇÃO URBANA

Com verticalização recorde na década de 2010, Americana vê número de domicílios crescer 40%

Aumento apontado em resultados do Censo do IBGE coincide com fenômeno de construção de edifícios na década passada

Por João Colosalle

09 de julho de 2023, às 08h17

Torres em construção no Jardim Terramérica, um dos bairros que mais cresceram nos últimos anos - Foto: Marcelo Rocha/Liberal

O Censo 2022, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), contabilizou 104,5 mil domicílios em Americana no ano passado. Este número é 40% maior do que o reportado no levantamento de 2010, quando os recenseadores apontaram 74,6 mil domicílios na cidade.

O avanço coincide com o fato de Americana ter “crescido para cima” de maneira recorde na década de 2010.

Um estudo da Unidade de Estatísticas e Análise Socioeconômica da prefeitura, realizado em setembro do ano passado e assinado pela socióloga Maria Aparecida Martins Feliciano, levantou a evolução dos edifícios verticais no município, desde a década de 50, quando surgiu o primeiro, no cruzamento entre as ruas Washington Luiz e Fernando Camargo, o edifício Abdo Najar.

O edifício Abdo Najar, no cruzamento da Rua Washington Luiz com a Fernando Camargo; construído na década de 50, prédio é o primeiro de Americana – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

A análise aponta que, na década de 2010, a quantidade de edifícios verticais construídos em Americana foi a mais alta da história. Surgiram na cidade, apenas neste período, 312 construções do tipo. As pouco mais de três centenas de prédios criaram 14.892 apartamentos e 411 salas comerciais.

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Na década, Americana assistiu a dois fenômenos de ocupação urbana: um deles foi o surgimento dos “predinhos”, comuns em bairros como o Jardim Terramérica e Parque Universitário.

As edificações, de três a quatro pavimentos, se tornaram oportunidade de negócio para pequenos empreiteiros e para famílias em busca de moradia com custos menores.

Segundo o estudo da unidade, os predinhos se espalharam por toda a malha urbana da cidade. Dos 312 edifícios construídos na década, 216 deles – o equivalente a 70% – eram deste tipo, com três ou quatro andares.

Uma boa parte deles foi obra da construtora MRV, voltada para segmentos mais populares. De acordo com a unidade, a empresa entregou 4.394 apartamentos na década.

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Outro fenômeno foram as torres com mais de dez andares – foram 29 construídas na época, com cerca de 4,6 mil apartamentos e mais de 200 salas comerciais.

A chamada Área de Planejamento 10 concentrou quase um terço dos novos edifícios da década. A região inclui bairros como Cidade Jardim, Jardim Terramérica, Parque Novo Mundo e Parque Universitário.

Na década atual, entre janeiro de 2020 e julho de 2022, a prefeitura contabilizou 29 novos edifícios, com 1.149 apartamentos e 23 salas comerciais.

Secretário de Planejamento de Americana, Diego Guidolin diz que todos os bairros que apresentaram crescimento acentuado têm a infraestrutura necessária.

“A legislação municipal exige que os empreendedores apresentem o Estudo de Impacto de Vizinhança na aprovação dos projetos e a prefeitura exige a mitigação dos impactos que o empreendimento poderá causar à região, como a construção ou ampliação de escolas, postos de saúde etc.”, afirma.

O recenseamento do IBGE, cujos dados foram apresentados em junho, mostrou um aumento de 26,6 mil habitantes entre 2010 e 2022. A população do município, em 2022, era de 237.247 moradores. Dados mais detalhados ainda devem ser divulgados pelo instituto.

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