CORONAVÍRUS
Americana tem 32 pessoas que assinaram termo de recusa da vacina contra Covid
Prefeitura destaca que número de recusa deve ser ainda maior, já que muitos não assinam o documento e cancelam o agendamento
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21 de julho de 2021, às 07h45 • Última atualização em 21 de julho de 2021, às 07h50
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/americana/em-americana-32-pessoas-ja-assinaram-termo-de-recusa-da-vacina-contra-covid-1568476/
Em Americana, 32 pessoas já tinham assinado o termo de recusa da vacina contra o coronavírus (Covid-19) até esta terça-feira (20). Os números são da Unidade de Atenção à Saúde.
O município é, até o momento, o único da RPT (Região do Polo Têxtil) a adotar termo de responsabilidade para quem não quiser tomar o imunizante.

A prefeitura tomou a medida desde o início do mês em todos os pontos de vacinação para tentar inibir as escolhas de imunizante e evitar os “sommeliers” de vacina.
Entretanto, o Executivo destaca que o número de gente evitando alguma das vacinas pode ser maior.
“O setor informou que os casos são esporádicos, sendo que muitas pessoas não assinam o termo e depois cancelam o agendamento por quaisquer motivos, o que dificulta muito a mensuração”, informou a prefeitura.
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A administração municipal ressalta que o termo de responsabilidade não possui caráter punitivo.
“Porém, com a recusa do morador em tomar a vacina disponível, ele passa a aguardar momento oportuno referente à sua faixa etária e grupo populacional ao qual pertence, o que também não garante a ele a disponibilidade futura do imunizante preferido”, explica.
Em todo o País, foram disponibilizadas quatro vacinas contra o coronavírus até o momento: a CoronaVac/Butantan, a da Oxford/AstraZeneca, a da Pfizer e a da Janssen, esta com dose única. Todas têm eficácia comprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Entretanto, a recusa por imunizantes é comum. No sábado (17), o LIBERAL presenciou um morador “comemorando” a vacina disponível no posto de saúde do Jardim São Paulo e que ele tomaria o imunizante da Pfizer.
O rapaz confidenciou que não queria tomar a vacina da AstraZeneca, alegando medo de reações após a imunização. Automaticamente, a profissional de saúde que o atendia ressaltou que as reações variam de organismo para organismo e que todos os imunizantes são seguros.
“Quem recusa está se arriscando a pegar o coronavírus. Ninguém tá isento de pegar o preço pelas suas atitudes. Já tem pessoa internada que recusou vacina. Não pode alegar que não teve chance”, destaca o médico infectologista Dr. Arnaldo Gouveia, que atua em Americana.
Santa Bárbara d’Oeste não trabalha com termos de recusas. “Caso o cidadão não queira se vacinar, ele é orientado que poderá tomar a vacina em outro momento, caso exista doses disponíveis para o seu público-alvo, porém sem possibilidade de escolha do tipo do imunizante a ser aplicado”, diz a prefeitura.
Quando vacinado, o prefeito de Santa Bárbara, Rafael Piovezan (PV), pediu à população que não escolhesse a vacina.