MOVIMENTO
Em meio a impasse, profissionais da enfermagem vão à câmara nesta quinta
Servidores não aceitam proposta de iniciar jornada de 30 horas só em fevereiro de 2023
Por Rodrigo Alonso
30 de junho de 2022, às 07h40 • Última atualização em 30 de junho de 2022, às 07h46
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/americana/em-meio-a-impasse-profissionais-da-enfermagem-vao-a-camara-nesta-quinta-1790836/
Em meio a um impasse com a Prefeitura de Americana, os profissionais de enfermagem da rede municipal vão levar o assunto para a Câmara Municipal na sessão desta quinta-feira. Eles não aceitam uma proposta do Executivo de implementar a jornada de 30 horas semanais a partir de fevereiro de 2023, conforme o LIBERAL noticiou na última terça.
Os servidores querem que a redução da carga horária, atualmente de 40 horas semanais, seja antecipada para este ano e ameaçam entrar em greve. A ida deles ao Legislativo foi decidida pela categoria em assembleia realizada na última segunda.
“A ideia é conversar e solicitar o empenho deles também no sentido de atender à expectativa da categoria”, disse o presidente do SSPMA (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Americana), Toninho Forti.
No entanto, o sindicato não vai usar o microfone na sessão desta quinta, até porque a tribuna livre já estava reservada a outra pessoa, segundo o presidente do Legislativo, Thiago Martins (PV).
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De acordo com o vereador, há um pedido do tesoureiro do SSPMA, Aires Ribeiro, para uso da tribuna livre apenas na próxima semana.
De qualquer forma, o parlamentar apontou que a câmara está de “portas abertas” para os profissionais de enfermagem, “desde que seja da maneira correta, pacificamente”.
“A gente agradece até que a população vá até a câmara. A gente gosta muito disso, de ver casa cheia”, comentou.
Martins ressaltou, porém, que os vereadores não têm poder de decisão sobre o tema. “Podemos ajudar, conversar, marcar reunião com o prefeito, sentar, pedir, indicar, mas não é o vereador que tem essa prerrogativa [de decidir]”, afirmou.
A aplicação de jornada de 30 horas semanais está prevista numa lei municipal de 2014 e, segundo a prefeitura, exige a contratação de 69 novos servidores.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Danilo Carvalho Oliveira, a escolha por fevereiro se baseia em um estudo que levou em consideração a quantidade de profissionais necessários e o consequente impacto financeiro.