25 de abril de 2024

Notícias em Americana e região

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

REVOLTA

Grupo protesta por melhorias no Hospital Municipal, em Americana

Cerca de 30 pessoas se manifestaram no estacionamento da unidade, nesta segunda (15), e citaram diversos problemas

Por Rodrigo Alonso

15 de novembro de 2021, às 20h04

Manifestantes compareceram com cartazes e fizeram reivindicações – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

Um grupo de aproximadamente 30 pessoas protestou por melhorias no HM (Hospital Municipal) Dr. Waldemar Tebaldi nesta segunda-feira (15), no estacionamento da unidade, em Americana.

Os manifestantes citaram problemas como a presença de pacientes em macas nos corredores – situação relatada pelo LIBERAL no mês passado –, demora no atendimento e falta de urologista.

“Entra dinheiro aqui que nem água, e nada muda. Quer dizer, muda, para pior. Então, alguém tem de tomar alguma providência”, disse a dona de casa Elizabete Silva, de 59 anos.

Uma das organizadoras do ato, Rosangela Daniel, de 58 anos, também reclamou que os médicos trabalham à distância. “Se acontecer qualquer coisa e você precisar de um profissional competente aqui dentro, não vai ter, porque eles vão ligar para o cara vir. Isso não existe”, afirmou.

À reportagem, manifestantes também relataram dramas particulares. O construtor Elcis Melo, de 39 anos, contou que seu pai chegou a ficar cinco dias sem tomar banho enquanto esteve internado no hospital.

“Teve noite que não teve como tomar banho porque, aqui no pronto-socorro, não tem banheiro para tomar banho”, declarou.

A pensionista Marta Martins Tardelli, de 38 anos, relatou que, quando estava com oito meses de gestação, se apresentou na unidade com febre e cansaço, mas a equipe médica teria dito que ela não tinha nenhum problema e a dispensou.

Depois, no Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em Campinas, Marta soube que tinha contraído coronavírus (Covid-19), se submeteu a uma cesárea e ficou 11 dias em coma. Hoje, está bem e com o filho a salvo.

“Fiquei indignada com o tratamento, com o jeito que me receberam”, comentou a pensionista ao falar sobre o HM, onde teria esperado 18 horas por atendimento antes de ser liberada.

No protesto, havia cartazes com mensagens como “socorro, Polícia Federal”, “mais médicos, menos vereadores”, “investigação agora”, “cadê os vereadores?”, “mais médicos profissionais” e “socorro, Ministério Público”.

O grupo, que se chama Unidos na Verdade, também fez uma lista de reivindicações, na qual pedem contratação de profissionais qualificados e realização de reformas, entre outras providências.

Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp

Prefeitura
Procurada pelo LIBERAL, a prefeitura informou que, há duas semanas, dispõe de urologista por meio do Cismetro (Consórcio Intermunicipal de Saúde na Região Metropolitana de Campinas).

“É uma demanda alta, que levará tempo para ser reduzida, mas a prefeitura vem trabalhando para ampliar a disponibilidade desta e de outras especialidades na rede”, escreveu, em nota.

O Executivo também apontou que “é prioridade de um pronto-socorro prestar atendimento aos pacientes que ele procurarem, independentemente da quantidade de pacientes que o ocupem”.

“Recentemente uma ala do HM foi fechada para receber melhorias e, assim, tornar o atendimento de maior qualidade”, acrescentou. Ainda segundo a administração, “com relação às reivindicações, uma vez encaminhadas à direção do HM e à Secretaria de Saúde, estas poderão ser devidamente avaliadas”.

A prefeitura ainda comunicou que poderá se manifestar sobre outros apontamentos nesta terça, quando o município estará em seu devido funcionamento.

Publicidade