Americana
Medidas trabalhistas e repasse dão ‘alívio’ financeiro à Apae
Passando por crise financeira, entidade conseguiu retomar parceria com a prefeitura e prorrogar o pagamento de obrigações trabalhistas
Por Ana Carolina Leal
10 de julho de 2021, às 08h26
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/americana/medidas-trabalhistas-e-repasse-dao-alivio-financeiro-a-apae-1559742/
A Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Americana conseguiu quitar o restante dos salários atrasados de 81 colaboradores e aliviar os custos da entidade retomando uma parceria com a prefeitura e adiando algumas obrigações trabalhistas.
“A Apae ainda está em dificuldades financeiras, mas algumas medidas governamentais amenizaram os custos por um curto período de tempo”, afirmou o presidente da associação, Roberto Cullen Dellapiazza, em entrevista ao LIBERAL.
Além de aderir ao plano de redução de carga horária da maioria dos colaboradores, a instituição está adiando os pagamentos das guias de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Outra medida que tem permitido à entidade manter a folha de pagamento em dia e custear outros gastos é a antecipação por parte da prefeitura do repasse mensal no valor de R$ 90,7 mil. O recurso é fruto de um projeto de lei de autoria da prefeitura, aprovado no ano passado, para auxiliar à Apae enquanto perdurar a pandemia do novo coronavírus.
“O prefeito Chico Sardelli e o vice-prefeito Odir Demarchi têm mostrado bastante sensibilidade com relação à Apae. O repasse desse recurso, que ocorria mensalmente por volta do dia 10, após o pagamento da folha salarial, passou a ser feito no início do mês. Essa medida aliada à redução da jornada e ao adiamento do pagamento das guias do FGTS estão permitindo à Apae um ‘respiro’ financeiro”, disse o presidente.
Roberto também destacou o retorno do convênio com a prefeitura, do programa de inclusão com responsabilidade, suspenso em maio do ano passado por conta da pandemia. “Essa retomada ocorreu em 1º de junho, sendo que estamos cumprindo os dois meses que ficaram faltando do aditivo anterior [junho e julho] e em processo de criação de um novo contrato que passará a valer a partir de agosto”, explicou.
Por meio do convênio, a Apae recebe, por mês, R$ 91 mil para atender 3.098 usuários em um mês considerado “normal”, sem pandemia. Atualmente, a instituição está com atendimento reduzido.
O presidente disse ainda que a entidade está em busca de medidas que permitirão honrar os compromissos financeiros futuros como 13º salário, folha de pagamento integral que retorna em setembro e pagamento das guias de FGTS adiadas no momento.
CAOS FINANCEIRO. Em abril deste ano, a Apae fez um apelo para que a prefeitura ajudasse a entidade com recursos. A associação disse que passava por dificuldade financeira crítica por conta da queda nos repasses de verbas desde o início da pandemia, o que poderia, inclusive, acarretar na possibilidade do fechamento da entidade.
A instituição tem 1.100 alunos e 122 colaboradores. Do total de funcionários, apenas 41 são cobertos por convênios, o que garante o recebimento integral dos salários. Os 81 restantes são mantidos exclusivamente pela instituição. A folha de pagamento é de R$ 310 mil.