Cadeia Alimentar II
‘Não sei de nada por enquanto’, comenta Omar sobre prisão de secretário
Omar estava em uma reunião no gabinete, que não tinha relação com a prisão, segundo ele, e disse que se posicionaria "daqui a pouco"
Por André Thieful / Talita Bristotti
26 de novembro de 2019, às 10h47 • Última atualização em 26 de novembro de 2019, às 19h21
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/americana/nao-sei-de-nada-por-enquanto-comenta-omar-sobre-prisao-de-secretario-1111488/
O prefeito Omar Najar (MDB) afirmou que não estava “a par” da prisão do secretário de Negócios Jurídicos, Alex Niuri, detido em operação da Polícia Federal que apura fraudes na merenda escolar na manhã desta terça-feira.
“Não tenho nada, cheguei agora na prefeitura e não estou a par. Não sei de nada por enquanto”, comentou o prefeito em resposta ao LIBERAL.
No momento da ligação feita ao celular do prefeito, por volta das 10h40, Omar estava em uma reunião no gabinete, que não tinha relação com a prisão, segundo ele, e disse que se posicionaria “daqui a pouco”.
A Prefeitura de Americana disse que estava apurando a situação e que encaminharia uma nota de posicionamento quando tivesse as informações.
A prisão
Niuri foi alvo de mandado de prisão temporária expedido pela 4ª Vara da Justiça Federal de Ribeirão Preto. Após ser preso, ele foi levado para a delegacia da PF em Piracicaba. O secretário será encaminhado até a PF de Ribeirão Preto, onde teve início a operação – lá ele irá prestar depoimento na tarde desta desta terça-feira
“A Polícia Federal foi lá no apartamento dele, mas do que se trata a acusação que está versando sobre ele nós não sabemos. Ele nega veementemente qualquer tipo de participação, aí está sendo apurado”, disse o advogado Lucas Torrezan, designado pela OAB para acompanhar o cumprimento do mandado na casa de Niuri, que é advogado.
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Três mandados de prisão foram cumpridos na cidade, além de outros três de busca e apreensão. O LIBERAL apurou que outros dois presos seriam servidores da Prefeitura de Americana, mas ainda não há confirmações. Em abril de 2018, durante a primeira fase da Operação Cadeia Alimentar, a casa do secretário de Governo de Americana, Juninho Barros, foi alvo de cumprimento de mandado de busca e apreensão. Na época, Juninho disse que não havia nenhuma irregularidade.
A operação
A operação Cadeia Alimentar II investiga fraudes envolvendo a compra de merenda escolar entre 2013 e 2017. Entre os alvos da operação estão empresários, lobistas, servidores e ex-servidores públicos, uma vereadora, ex-prefeitos, secretários e ex-secretários de Governos – não foram divulgadas as cidades em que os políticos atuavam.
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“A operação visa coletar elementos que complementem as informações obtidas em colaboração premiada formalizada por dois investigados junto a Polícia Federal e Ministério Público Federal, após terem sido alvos na primeira fase da investigação (maio de 2018)”, trouxe nota da Polícia Federal.
Segundo o MPF, as irregularidades sob investigação abrangem contratos para fornecimento de alimentação escolar nos municípios de Americana, Barretos, Barueri, Cubatão, Franca, Guarujá, Guarulhos, Iperó, Itapetininga, Jandira, Jarinu, Limeira, Marília, Morro Agudo, Paulínia, Peruíbe, Pirassununga, Porangaba, Rio Claro, São Carlos, São Roque, São Vicente, Sorocaba e Taquaritinga.