AMERICANA
Nova captação de água do Rio Piracicaba ficará pronta em 45 dias
Estrutura da atual unidade é precária e sistema de refrigeração é, basicamente, um ventilador de chão
Por André Rossi
03 de outubro de 2020, às 08h27
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/americana/nova-captacao-de-agua-do-rio-piracicaba-ficara-pronta-em-45-dias-1326630/

A obra da nova captação de água bruta do Rio Piracicaba ficará pronta em até 45 dias. A previsão é do superintendente do DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana, Carlos Cesar Gimenes Zappia.
Na próxima terça-feira, a autarquia realiza a interligação entre a atual unidade – que é apenas uma “tomada” direta no rio – com a nova estrutura. O processo é demorado e causará desabastecimento generalizado.
Na sequência, haverá um período de testes do sistema e das comportas até a entrega definitiva.
Em suma, a tomada apenas puxa a água para a estação. Quando o nível do rio está baixo, a captação fica comprometida.
Em visita à unidade nesta sexta-feira (2), Zappia mostrou a atual estrutura, que está em situação precária. A refrigeração dos painéis elétricos, responsáveis por manter as bombas funcionamento, é feito, basicamente, por um ventilador de chão.
“Tem um ventilador para resfriar, senão o painel desliga. O calor [na unidade] é muito grande”, afirmou Zappia.
A nova captação, construída ao lado da antiga, é, de fato, um ponto de captação, que garantirá nível constante de água. Os novos painéis elétricos ficarão em uma sala refrigerada, cuja temperatura máxima atingirá os 22 graus.
“Com a interligação, podemos dar peso na unidade e a parte elétrica vai permitir que os equipamentos possam ser testados com energia elétrica. Tudo tem que ser feito com muita segurança para entrar em operação”, detalhou o superintendente.
O barramento de nível de água, construído no Rio Piracicaba em 30 de junho deste ano pelo DAE, dialoga diretamente com a obra e garantirá que haja água para ser captada mesmo em épocas de estiagem.
“Se não houvesse o barramento, hoje não teria água. O rio está seco, tão baixo que seria muito difícil [captar sem o barramento]. Estamos tendo dificuldade hoje para abastecer a cidade porque o consumo esta grande em função desse calor absurdo, fora do comum, mas temos água por causa do barramento”, disse Zappia.
O controle da nova captação será realizado por telemetria, ou seja, não será necessário que um técnico vá fisicamente operar as bombas. Tudo será feito através de um sistema informatizado, que ficará em uma guarita do local.
“Se houver uma pane, podemos operá-la manualmente. Caso contrário toda operação é da casa [guarita]”, comentou Zappia.
O custo estimado é de R$ 17 milhões entre recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e contrapartida municipal. Já a antiga estrutura também será recuperada para servir como uma “tomada de emergência” em caso de necessidade.