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Festa do Bom Jesus

Novas gerações garantem continuidade das tradições e trabalhos nas festas

Juventude demonstra alegria no trabalho e destaca importância da influência familiar

Por Isabella Holouka

07 de julho de 2023, às 09h50

Três gerações ativas na paróquia e na festa Lúcia Menegatti Campanha, 88 anos, a filha Arlete Maria Campanha Trevisol, 65 anos, e a neta Fernanda Trevisol, 42 anos - Foto: Júnior Guarnieri - Liberal

“Uma festa onde os filhos levam os pais e os netos levam os avós” é o slogan da 13ª Festa da Paróquia do Senhor Bom Jesus. A frase demonstra a força das tradições. São muitas as famílias que se fizeram presentes ao longo dos 65 anos de história da paróquia, cujos filhos hoje dão continuidade ao trabalho voluntário, pelo bem da comunidade.

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Na casa de Arlete Maria Campanha Trevisol, comerciante de 65 anos, estão três gerações ativas na paróquia e na festa. A mãe dela, Lúcia Menegatti Campanha, aposentada de 88 anos, era uma das promotoras das festas do sorvete, que tinham a finalidade de angariar fundos para a construção da igreja; hoje ela se dedica aos preparativos da cozinha, como descascar, lavar e enxugar batatas. Arlete e a filha, Fernanda Trevisol, bancária de 42 anos, normalmente trabalham no caixa.

“Temos muitos exemplos de famílias que estão ali há 65 anos e agora os filhos dão continuidade a esse trabalho de voluntariado. Para nós, paroquianos, essa troca é muito importante porque demonstra que tudo o que nós colocamos na educação e plantamos na nossa família, vemos os frutos”, comenta Arlete.

“Existe toda uma tradição que vem da minha mãe, sempre muito religiosa, participativa, colaboradora. Ela deixou isso para mim e eu me sinto orgulhosa em ver que a minha filha gostou do exemplo e está seguindo o mesmo caminho que a gente, colaborando, participando de uma comunidade, fazendo um trabalho de doação”, diz a comerciante. Ela avalia que a paróquia tem “um grupo muito bom de jovens, mas sempre tem espaço para mais”.

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Assim como Fernanda, a estudante Isabela Naves Camanini, de 17 anos, colabora com a comunidade do Bom Jesus desde pequena. Quando acólita, durante as festas, trabalhava nos jogos de pesca e boca do palhaço. Depois, na crisma, passou a vender cartelas de bingo. Ela conta que o processo foi natural devido às influências da mãe, Susi Naves Camanini, e da avó, Maria Aparecida Duarte Naves. 

Isabela Naves compartilhou uma foto antiga dela com a mãe e a avó, na festa, quando tinha 5 anos – Foto: Arquivo Pessoal

“Sempre gostei, são momentos de convivência com meus colegas. Minha motivação é saber que colaboro com a igreja, doando um pouco do meu tempo”, comenta a estudante. “Gosto de pensar que nós, os jovens, não somos o futuro e, sim, o presente da igreja. Acredito que seria interessante que mais jovens estivessem envolvidos”, acrescenta.

Técnica de desenvolvimento de tecidos, 36 anos, Juliana Rovina começou a frequentar a paróquia há 15 anos e é voluntária na festa há 10. “Comecei a participar do grupo de jovens e sentia que era pouco participar apenas das missas. Quando veio a festa, eles precisavam de voluntários e foi a forma que eu encontrei de ajudar, devolver tudo o que eu recebo de graça”, lembra ela, que hoje trabalha na barraca da mandioca.

Juliana Rovina começou a frequentar a paróquia há 15 anos e é voluntária na festa há 10 – Foto: Júnior Guarnieri – Liberal

Juliana conta que a interação entre as gerações é bastante positiva. “Eles aceitam o que temos de ideias, ensinam e essa troca é muito bacana. A maioria dos voluntários são senhoras e senhores, sabemos que eles já fizeram muito e a festa tem que ter uma continuidade. A abertura para as novas gerações participarem mostra que ela vai se perpetuar”, afirma.

Coordenadora dos coroinhas e acólitos da paróquia e da barraca do crepe na festa, Thaiana Raquel de Moraes Mirandela, 38 anos, ressalta o ambiente agradável do evento e cita como motivações a integração e a possibilidade de ajudar o próximo, que resultam em um sentimento gratificante. Pedagoga e professora de balé clássico, ela frequenta a paróquia há 11 anos e é voluntária na festa há 7.

Thaiana Raquel de Moraes Mirandela é pedagoga e professora de balé clássico, frequenta a paróquia há 11 anos e é voluntária na festa há 7 – Foto: Marcelo Rocha – Liberal

“Nossos filhos, que veem a gente ajudando, querem também contribuir de alguma maneira. Nós somos espelhos para eles. É importante que participem e sejam incentivados por nós, familiares e amigos, pois no futuro serão os jovens que farão acontecer. Que eles busquem a alegria, não baseada nos prazeres que o mundo oferece, mas sim no eterno – que é Deus”, finaliza. 

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