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8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
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Overload

PF realiza buscas em Americana em operação contra tráfico internacional de drogas

Base do grupo criminoso é o Aeroporto de Viracopos; organização aliciava funcionários de aeroportos para facilitar o transporte da droga para o exterior

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06 de outubro de 2020, às 08h51 • Última atualização em 06 de outubro de 2020, às 08h56

A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta terça-feira (6) a Operação Overload para combater uma organização criminosa que atua no tráfico internacional de drogas.

A principal base do grupo criminoso é o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, mas estão sendo realizadas buscas em Americana.

Ao todo, foram 44 mandados de busca e apreensão cumpridos – 39 deles no Estado de São Paulo. A PF informa que foram realizadas buscas nas cidades de Americana, Campinas e Monte Mor, mas não detalha quantos mandados foram expedidos para cada cidade e os locais de busca. Houve ainda 35 mandados de prisão.

Aeroporto de Viracopos era centro de atuação da organização criminosa – Foto: Polícia Federal/Divulgação

As investigações começaram em fevereiro de 2019, quando foram apreendidos 58 kg de cocaína na área de segurança do Aeroporto Internacional de Viracopos – essa droga iria para a Europa. A partir disso, a corporação mapeou a atuação de toda a organização criminosa, identificando as lideranças.

A organização é composta por brasileiros, segundo a PF. Além de financiar o esquema criminoso, eles aliciavam funcionários de aeroportos tanto do Brasil quanto do exterior para facilitar o transporte do entorpecente.

Eram contratados vigilantes, operadores de tratores, coordenadores de tráfego, motoristas de viaturas, auxiliares de rampas, operadores de equipamentos e funcionários de empresas fornecedoras de refeições a tripulantes e passageiros. Eles eram os responsáveis pelo embarque da droga nas aeronaves que iam para o exterior.

Um policial militar e um policial civil também estavam entre os cooptados.

Para a exportação da droga eram utilizados tanto o terminal de passageiros quanto o terminal de cargas.

A organização criminosa também tinha um esquema para lavar o dinheiro ganho com o tráfico, através da compra de imóveis, veículos, movimentações bancárias em nomes de terceiros e empresas no exterior – tudo isso dificultou o rastreamento dos valores.

Foram apreendidos 249 kg de cocaína desde o início das investigações. Os bens imóveis, veículos, contas bancárias e empresas já identificados como pertencentes à organização criminosa estão sendo bloqueados e apreendidos nesta data.

Ao todo, mais de 200 policiais federais, 80 policiais militares e 6 policiais civis participam da ação. As investigações contaram com a cooperação entre instituições e órgãos públicos (Secretaria da Receita Federal do Brasil, PRF, Polícia Militar do Estado de São Paulo).

As prisões dos policiais contaram com a cooperação da Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo e do Departamento de Polícia Judiciária São Paulo Interior em Campinas.

Entre os investigados presos, 33 são homens e 2 são mulheres.

O nome da operação, “Overload”, vem do termo inglês empregado para excesso de carga ou carga excessiva, com alusão à droga ilícita inserida clandestinamente nos aviões em meio a carga regular.

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