Americana
Prefeitura quer flexibilizar exigência de recuos em imóveis comerciais
Alterações estão previstas em projeto de lei que tramita na câmara; objetivo é atrair novos investidores, segundo secretário
Por Rodrigo Alonso
08 de abril de 2022, às 07h41 • Última atualização em 08 de abril de 2022, às 07h43
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/americana/prefeitura-quer-flexibilizar-exigencia-de-recuos-em-imoveis-comerciais-1746023/
A Prefeitura de Americana protocolou na câmara, nesta semana, um projeto de lei que prevê alterações no PDFU (Plano Diretor de Desenvolvimento Físico Urbanístico), entre elas uma flexibilização quanto à exigência de recuos em estabelecimentos comerciais.
O objetivo é atrair novos investimentos para cidade, segundo o secretário municipal de Planejamento, Diego Guidolin.
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Atualmente, na cidade, construções comerciais precisam ter recuos frontal e lateral de, pelo menos, 5 metros. Contudo, a administração municipal propõe flexibilizar essa regra em determinadas localidades.
Se a proposta for aprovada pelo Legislativo, a prefeitura deixará de exigir recuos laterais em estabelecimentos localizados nas avenidas Cillos, Iacanga e Paschoal Ardito. Também não serão mais obrigatórios recuos frontais em imóveis situados no Calçadão do Centro e adjacências.
Porém, só será permitido o uso desses espaços “se for para fins de atividade econômica, que vão comprovadamente gerar emprego”, de acordo com Guidolin.
Ele apontou que a exigência de recuos costuma gerar reclamações por parte de empresas, pois limita o aproveitamento do terreno.
“As empresas de outro lugar que chegam reclamam muito que o nosso valor de terreno é caro em relação a cidades vizinhas, que já tem bastantes taxas nas aprovações. E daí eles acabam tendo um aproveitamento aqui em Americana menor do que em cidades vizinhas”, disse.
O projeto também muda o cálculo usado para determinar o tamanho do recuo de prédios com quatro ou mais andares. Hoje, divide-se a altura do prédio por quatro. A proposta estabelece que essa divisão seja por seis, o que possibilita uma redução no recuo. A extensão mínima, no entanto, continuaria sendo 3 metros.
“São facilitadores para o investimento na cidade, uma modernização da lei com relação também ao que vem sendo aplicado na região, para a gente poder atrair novas empresas, novos comércios e movimentar a nossa economia”, afirmou o secretário.
Guidolin informou que a propositura também corrige algumas omissões e falhas de redação do PDFU, entre outras mudanças. “É coisa mais burocrática”, comentou.
O plano foi sancionado em dezembro de 2020, pelo então prefeito Omar Najar (MDB), e entrou em vigor em fevereiro de 2021, já no governo Chico Sardelli (PV).