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Saúde Pública

Temporada da dengue chega ao fim com 88% menos casos em Americana

Clínicas do município já começaram a receber vacina contra a doença, a Qdenga, mas procura ainda é baixa

Por João Colosalle e Paula Nacasaki

09 de julho de 2023, às 09h28

O período com mais infecções da dengue se encerrou em Americana com 88% menos casos na comparação com o ano passado, mostram dados da prefeitura obtidos pelo LIBERAL. Entre janeiro e junho, foram registrados 489 diagnósticos positivos. No mesmo período em 2022, quando a cidade viveu uma epidemia da doença, foram 4.119.

A temporada da dengue no município costuma se estender, historicamente, entre os meses de fevereiro e junho, com picos entre março e maio. Neste ano, as contaminações se concentraram entre abril e maio – 73% dos casos ocorreram nestes dois meses. Bairros como São Manoel, Cidade Jardim e Morada do Sol são os com mais casos positivos.

Qdenga, nova vacina contra a dengue, é vendida no Cincor – Foto: Junior Guarnieri / Liberal

Até agora, a prefeitura reportou apenas uma morte pela doença – a de uma jovem de 24 anos que vivia no bairro Residencial Jaguari. Ela morreu no dia 16 de abril, cinco dias depois de ser internada no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi.

A redução do número de infectados, segundo especialistas ouvidos pelo LIBERAL, pode ter relação com o tipo do vírus da dengue em circulação nesta temporada. Ele seria o tipo 1, que já provocou a epidemia no ano passado.

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Com a recirculação, a imunidade adquirida pela população em 2022 pode ajudar a conter uma nova epidemia da doença. No ano passado, oito pessoas morreram por conta da dengue em Americana, um recorde desde quando o mosquito começou a circular por aqui, em 1992.

Apesar de uma temporada mais branda, as autoridades de vigilância em saúde reforçam a necessidade de a população colaborar com a prevenção, que inclui, principalmente, evitar o acúmulo de água parada em locais em que o mosquito possa acessar e se reproduzir.

VACINA
A nova vacina contra a dengue, a Qdenga, chegou nas clínicas de Americana há 10 dias. Ela é a primeira liberada no País para pessoas que tiveram ou não a doença. Duas clínicas ouvidas pelo LIBERAL informaram, no entanto, que a procura está baixa.

No Cincor (Centro Integrado do Coração), a gestora do setor de vacinas Andrea Calil Jorge afirmou que, quando houve o anúncio do novo imunizante, cerca de 700 pessoas se interessaram pela imunização.

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Entretanto, após a chegada da Qdenga, apenas 10% desse total se vacinou. Na clínica, a vacina é oferecida a R$ 460.

Para Andrea, a baixa procura pode ser explicada pela questão financeira e pela queda, de maneira geral, na busca pela vacinação no País.

Na mesma linha, a infectologista Ártemis Kílaris, proprietária da clínica Vacinar, reforça que, na maioria das vezes, as pessoas só procuram por vacinas durante surtos. “Como na nossa região não estamos tendo surtos, muitas pessoas não procuram”, afirma a infectologista.

Na Vacinar, a Qdenga está sendo vendida a R$ 400. Foram ao menos 10 doses aplicadas desde a chegada do imunizante no estabelecimento.

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