Cidades
Em 15 dias, polícia registra 21 casos de ameaças em escolas da região
Do total de ocorrências, 14 são de autoria conhecida e serão responsabilizadas criminalmente; polícia enfatiza esforço para aumentar a segurança
Por Cristiani Azanha
14 de abril de 2023, às 07h49 • Última atualização em 14 de abril de 2023, às 10h23
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/em-15-dias-policia-registra-21-casos-de-ameacas-em-escolas-da-regiao-1939904/
Os ataques que ocorreram em Blumenau (SC) e São Paulo contribuíram para desencadear uma onda de ameaças e boatos sobre invasões em escolas da RPT (Região do Polo Têxtil). Em duas semanas, desde o último dia 28, ocorreram 21 registros que chegaram ao conhecimento da Polícia Civil. Do total de casos, 14 são de autoria conhecida e serão responsabilizados criminalmente.
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O diretor do Deinter-9 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior) que coordena seis seccionais, entre elas a de Americana, Kléber Antonio Torquato Altale, enfatiza que está ocorrendo uma interação com a PM (Polícia Militar) e guardas municipais na tentativa de unir esforços para reforçar a segurança nas escolas e dar mais tranquilidade aos pais.
“Não tivemos registros na região, estamos trabalhando para afastar esse sentimento de medo de pais e da comunidade escolar. No entanto, nenhuma informação está sendo desconsiderada. Da mesma forma não mediremos esforços para que os responsáveis pelas ameaças não fiquem impunes. Se forem adultos poderão ser presos, assim como atuaremos junto a Vara da Infância e Juventude para que os adolescentes sejam apreendidos, dependendo do caso”, diz Altale.
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Na RPT, Sumaré registrou o maior número dos casos, com nove ameaças no período, seguida de Santa Bárbara d’Oeste com sete, três em Americana e duas em Hortolândia. Nesses dados não constam outras quatro ocorrências de apreensões de objetos (armas de brinquedo ou facas).
Em Sumaré, por exemplo, as denúncias foram registradas no 4º Distrito Policial, no Matão, e no 5º Distrito Policial na Área Cura. O delegado Diego Bini, que responde pelas duas unidades, diz que na maioria dos casos os autores relatam quase sempre o mesmo tipo de ameaça.
“Dizem que vão invadir a escola, que ocorrerá um massacre. Há situações também de áudios que circulam em redes sociais de supostos pais que afirmam que foi localizado arma na escola, mas são mentiras que contribuem apenas para aumentar o medo.”
Segundo ele, adolescentes que geralmente estudam nas escolas são os responsáveis. Na maioria das situações, o caso acontece porque eles tentam cancelar aulas em dias de provas.
Na última quarta, o vereador de Sumaré Willian Souza (PT) esteve em uma escola, no Jardim Picerno, para confirmar mais uma notícia falsa de que três alunos passaram mal após consumir veneno colocado na caixa d’água.
“Fomos até a escola e confirmamos com a diretora que foi uma notícia falsa. Ninguém passou mal. Isso não é brincadeira. Já estamos printando tudo e encaminharemos para a Polícia Civil para que os culpados sejam responsabilizados criminalmente”, destaca.