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Hortolândia

Em Hortolândia, 17 vítimas denunciam líder espiritual, confirma Polícia Civil

Até a tarde desta segunda-feira, dez vítimas haviam sido identificadas; Eduardo Santana foi preso no sábado

Por Cristiani Azanha

21 de março de 2023, às 07h49 • Última atualização em 21 de março de 2023, às 10h18

A Polícia Civil identificou 17 vítimas de supostos abusos cometidos pelo líder espiritual Eduardo Santana, de 36 anos. Ele foi preso no último sábado, momentos antes de iniciar seu trabalho religioso em um centro de umbanda no Parque Santo Antônio, em Hortolândia. Santana foi indiciado por estupro, violação sexual mediante fraude e injúria racial.

O delegado da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), José Regino Melo Lages Filho, disse que até a tarde desta segunda-feira, dez vítimas foram identificadas e outras sete já entraram em contato pelo WhatsApp da delegacia especializada – (19) 3887-1701 – para agendarem o depoimento. Ele acredita que nos próximos dias outras vítimas podem ser identificadas.

O mandado de prisão preventiva solicitado pelo delegado foi decretado pelo juiz da 1ª Vara Criminal, André Forato Anhê. O magistrado considerou o caso como extremamente grave.

Eduardo Santana foi indiciado por estupro, violação sexual mediante fraude e injúria racial. – Foto: Reprodução e Arquivo / Liberal

“O autor vale-se ao longo tempo de sua autoridade e da fé dos frequentadores do terreiro de umbanda para constranger, intimidar, perseguir as vítimas, na sua maioria, jovens mulheres, com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou praticar ato libidinoso, queira tocando seus corpos e partes íntimas sem permissão ou assediando-as à prática de conjunção carnal”, cita trecho do documento.

De acordo com apuração da Polícia Civil, a maioria das vítimas tem entre 18 e 30 anos. O religioso também responde por estupro contra uma adolescente de 14 anos, cujo pai trabalhava na marmitaria do suspeito. O caso ocorreu há dois anos, mas a vítima só contou o ocorrido agora, após ter conhecimento da prisão do religioso.

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A maioria dos abusos, segundo a polícia, ocorria dentro do templo religioso, com exceção de duas mulheres que foram levadas para uma cachoeira para um ritual religioso. Uma delas disse em depoimento que ele passou grãos no corpo dela, matou dois galos, espirrou sangue do animal e rasgou as roupas dela.

PERSEGUIÇÃO. Outra vítima contou que ele usava sua autoridade no terreiro para persegui-la, de forma constante. Porém, em determinado momento, Eduardo teria forçado a prática do ato sexual.
O líder religioso ainda responde por homofobia e injúria racial contra dois filhos de santo.

“O investigado chegou a ser indiciado pelo abuso contra uma adolescente de 16 anos, em Americana. Em 2014, ele atuava como professor de violão e teria molestado uma aluna”, explica o delegado. 

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