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JUSTIÇA

Justiça realiza 1ª audiência sobre a morte de ganhador da Mega-Sena

Depoimentos de testemunhas deverão ajudar a Justiça a decidir se presos por morte de milionário são culpados ou não

Por João Colosalle

09 de março de 2023, às 10h16 • Última atualização em 09 de março de 2023, às 10h17

O milionário Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, morreu após ser sequestrado em Hortolândia - Foto: Reprodução / Facebook

A 2ª Vara Criminal de Hortolândia realiza nesta quinta-feira (9), a partir das 13h30, a primeira audiência sobre o sequestro e morte do ganhador da Mega-Sena, em Hortolândia, ocorrida em setembro de 2022.

A audiência, a primeira do caso, deve ocorrer de maneira remota e virtual, por meio de videochamada. Inicialmente, serão ouvidas as testemunhas de acusação. Depois, as testemunhas de defesa. Por fim, os réus serão interrogados – todos estão presos. Ainda não é possível prever quando haverá uma sentença no caso.

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A acusação da Promotoria é contra cinco pessoas que teriam participado do sequestro e assassinato de Jonas Lucas Alves Dias, 55, vencedor de um prêmio de R$ 47,1 milhões em 2020.

O MP acusou Rogério de Almeida Spínola, de 48 anos; Samuel Messias Pereira Batista, 24, que tem nome social de Rebeca; Roberto Jeferson da Silva, o Gordo, 38; Marcos Vinicyus Sales de Oliveira, o Vini, 22; e Marcos Vinicius Ferreira da Silva, 22, pelo crime de extorsão mediante sequestro, com o agravante de que houve morte, e associação criminosa, cujas penas podem ultrapassar os 30 anos de prisão. Em defesas apresentadas à Justiça, eles negam os crimes.

O suspeito Vini usa cartão de ganhador da Mega-Sena para fazer transferências – Foto: Reprodução

Apesar de ser um crime que envolve morte, o caso não será levado a júri popular, como ocorre em homicídios. Como a acusação da Promotoria é por extorsão seguida de morte, a sentença deverá ser definida pelo próprio juiz após ouvir as testemunhas, Ministério Público, advogados de defesa e réus.

A decisão, entretanto, não deve sair nesta quinta-feira. Antes, é provável que o juiz do caso ainda determine que os advogados e a acusação apresentem as chamadas alegações finais.

Diligências

Em meio às audiências, a Promotoria ainda aguarda informações sobre o caso. Ainda restam análises, por exemplo, sobre imagens fornecidas pela concessionária no dia em que Jonas foi encontrado morto na rodovia e sobre o conteúdo de telefones celulares apreendidos, de réus e investigados. Também se aguarda a análise de materiais biológicos encontrados em veículos usados no crime.

Milionário e simples

Morador do Jardim Rosolém e adepto a hábitos considerados simples para um milionário, Jonas foi sequestrado no dia 13 de setembro e encontrado morto no dia seguinte, às margens da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), em Hortolândia, com marcas de agressão.

Segundo as investigações da Polícia Civil, os criminosos fizeram saques que somaram R$ 20,6 mil da conta da vítima e tentaram uma transferência de R$ 3 milhões para a conta de uma empresa, frustrada pelo banco.

Em um mês, a polícia fechou a apuração sobre o crime e concluiu que Jonas foi vítima de extorsão que acabou em morte exatamente por ser um ganhador da Mega-Sena. Para isso, o grupo teria aberto uma conta a partir de documentos “emprestados” por uma das suspeitas presas.

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