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8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
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Hortolândia

Justiça aceita denúncia e líder religioso vira réu acusado de abuso sexual

Segundo a denúncia do Ministério Público, até o momento foram identificadas 16 vítimas

Por Cristiani Azanha

12 de abril de 2023, às 08h22 • Última atualização em 12 de abril de 2023, às 08h49

A 1ª Vara Criminal de Hortolândia aceitou a denúncia do MP (Ministério Público) contra o líder religioso Eduardo Santana, conhecido como Pai Du. Foram identificadas 16 vítimas do réu.

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Eduardo Santana foi detido no Jardim Terras de Santo Antônio – Foto: Reprodução / Instagram

Ele responde por vários crimes como violação sexual mediante fraude, importunação sexual, assédio sexual e ato libidinoso mediante emprego de meio que dificultou a livre manifestação de vontade da vítima e concurso material.

No documento do juiz André Forato Anhê, assinado no último dia 4, o réu tem o período de dez dias para informar se pretende constituir um advogado particular ou reivindicar a defensoria gratuita.

O réu foi preso pela Polícia Civil no dia 18 de março, instantes antes de iniciar seus trabalhos em um centro religioso no Jardim Terras de Santo Antônio, em Hortolândia.

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De acordo com o promotor Rafael Salzedas Arbach, o réu, na qualidade de pai de santo, realizava rituais e atendimentos para pessoas que frequentavam o templo, e fazia trabalhos espirituais externos em áreas de matas e cachoeiras.

Conforme relatos de testemunhas ouvidas durante inquérito policial, era exatamente nesses locais que ele praticava atos libidinosos sem o consentimento das vítimas, além de constrangê-las com comentários públicos homofóbicos ou racistas.

O promotor destaca ainda que os crimes apurados contra a liberdade sexual foram praticados por Santana na condição de líder religioso, exercendo assim, posição hierárquica superior em relação às vítimas frequentadoras do templo, mas na condição de iniciantes.

Assim, elas depositavam confiança suficiente no réu para acreditar que os procedimentos por ele praticados eram condizentes com a religião, sendo induzidas a erro.

Uma das vítimas relatou ao LIBERAL que ficou com medo de denunciá-lo, mas após conversar com outras pessoas que frequentavam o mesmo templo e teriam passado por situações semelhantes, decidiram procurar a polícia. A reportagem não conseguiu localizar o advogado do réu.

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