JUSTIÇA
Promotoria de Hortolândia quer indenização de R$ 20 mil para cada vítima de assédio de líder religioso
Já aceita pela 1ª Vara Criminal da cidade, denúncia do MP aponta que 16 vítimas foram identificadas
Por Cristiani Azanha
16 de abril de 2023, às 09h00 • Última atualização em 16 de abril de 2023, às 09h04
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/hortolandia/promotoria-de-hortolandia-quer-indenizacao-de-r-20-mil-para-cada-vitima-de-assedio-de-lider-religioso-1940818/
O promotor de Hortolândia Rafael Salzedas Arbach pediu o pagamento de indenização material e moral no valor de pelo menos R$ 20 mil para cada vítima de assédio moral e outras acusações relacionadas ao líder religioso Eduardo Santana, conhecido como Pai Du. Foram identificadas 16 vítimas do réu, segundo a denúncia do MP (Ministério Público), que já foi aceita pela 1ª Vara Criminal.
O réu foi preso pela Polícia Civil no dia 18 de março, instantes antes de iniciar seus trabalhos em um centro religioso no Jardim Terras de Santo Antônio, em Hortolândia.

Ele responde por vários crimes, como violação sexual mediante fraude, importunação sexual, assédio sexual e ato libidinoso mediante emprego de meio que dificultou a livre manifestação de vontade da vítima e concurso material.
Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp
De acordo com apuração da Polícia Civil, a maioria das vítimas tem entre 18 e 30 anos. O religioso também responde por estupro contra uma adolescente de 14 anos, cujo pai trabalhava na marmitaria do suspeito. O caso ocorreu há dois anos, mas a vítima só contou o ocorrido recentemente, após ter conhecimento da prisão do religioso.
O advogado que defendia o réu deixou o caso e no documento do juiz André Forato Anhê, assinado no último dia 4, o réu tem o período de dez dias para informar se pretende constituir um advogado particular ou reivindicar a defensoria gratuita.
Siga o LIBERAL no Instagram e fique por dentro do noticiário de Americana e região.
comentários. De acordo com a denúncia, uma filha de santo relatou que por diversas vezes Eduardo fez comentários preconceituosos sobre sua condição homoafetiva e chegou a relatar que ela precisava de “cura gay”.
Outra vítima contou ao LIBERAL que ele usava sua autoridade no terreiro para persegui-la, de forma constante. Em determinado momento, Eduardo teria forçado a prática do ato sexual.