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Involuto

Secretário diz que suposto conluio entre empresas não é problema da Prefeitura de Hortolândia

Compras de equipamentos de proteção usados no combate ao coronavírus são alvo de investigação por parte da Polícia Federal

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09 de dezembro de 2020, às 11h54 • Última atualização em 09 de dezembro de 2020, às 12h02

O secretário municipal de Governo de Hortolândia, Carlos Augusto César, o Cafú, fez um pronunciamento sobre a operação da PF (Polícia Federal) que investiga compras da prefeitura e afirmou que se houve conluio de empresas da mesma família para vender EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) para a administração municipal, esse problema “não é da prefeitura”.

Secretário concedeu entrevista coletiva na manhã desta quarta – Foto: Reprodução/Facebook

A fala foi dita em entrevista coletiva concedida neste quarta-feira (9), horas depois da Polícia Federal deflagrar uma operação para apurar supostas irregularidades em quatro contratos firmados no mês de março para a compra de máscaras e óculos de proteção, usados no combate ao novo coronavírus (Covid-19).

“A questão de se ter o conluio de empresas, de ter parentes, se são das mesmas empresas, isso aí não cabe a prefeitura checar. Prefeitura tem que ver se a empresa tem a documentação em dia, se ela tem a mercadoria, se é o menor preço, e é isso que nós fizemos”, argumentou Cafú.

“A documentação estava regular, o preço era o menor naquele momento, nós compramos, pagamos e utilizamos. Agora a questão das empresas quem tem que ver é o Ministério Público Federal, por isso nós encaminhamos em junho todo o relatório para o Ministério Público Federal”, acrescentou.

Segundo a PF, em ao menos dois contratos a cotação de preço da prefeitura foi direcionada para empresas controladas pela mesma família, para elevar a contratação acima do mercado. Também foi apontada a suspeita de um superfaturamento de R$ 721 mil nos contratos.

Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quarta. O Paço Municipal foi um desses alvos. De lá, foram levados documentos.

Segundo a PF, servidores também relataram terem recebido uma máscara inferior àquela adquirida, com uma capacidade menor de filtragem do ar.

Segundo o secretário, os produtos recebidos foram checados pela Central de Abastecimento da Saúde. “Lá eles checaram entrada e saída, isso não existe. O que foi comprado é o que foi entregue e o que foi entregue é o que foi consumido”, disse Cafú.

A situação foi denunciada por vereadores de oposição ao prefeito Angelo Perugini (PSD), situação citada por Cafú durante a coletiva. “Eles fizeram um debate eleitoral e perderam esse debate, prova maior foi a eleição do prefeito por tudo o que ele fez e pela sua responsabilidade com a saúde da cidade. Eles perderam esse debate e agora faz parte”, acusou.

Por fim, Cafú defendeu que as investigações continuem. “Nós queremos que a Polícia Federal realmente investigue, faça a apuração e, amanhã, se teve algum erro, que se busque os culpados”, finalizou.

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