DESCASO
Atrasada há sete meses, reforma de escola em Nova Odessa só deve ser concluída em 2022
Prefeitura acusa empresa de abandonar a obra e afirma que vai rescindir contrato
Por Pedro Heiderich
16 de setembro de 2021, às 09h40
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/nova-odessa/atrasada-ha-sete-meses-reforma-de-escola-em-nova-odessa-so-deve-ser-concluida-em-2022-1615530/

Com entrega atrasada há sete meses, a reforma da Emefei (Escola Municipal de Ensino Fundamental e Infantil) Professora Therezinha Antonia Malagueta Merenda, em Nova Odessa, só deve ser concluída em 2022.
A prefeitura acusa a DJR Oliveira, empresa contratada para o serviço ainda na gestão passada, de abandonar a obra no início de 2021. A obra está parada desde janeiro.
O Executivo vai rescindir o contrato e convocar outra empresa. A DJR culpou a alta dos preços causada pela pandemia do coronavírus (Covid-19) e alega que pediu reequilíbrio financeiro do contrato para executar a obra.
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Enquanto isso, pelo menos mais de 100 alunos da escola tiveram que ser remanejados para outra escola da rede municipal. A mudança tem gerado reclamações de mães e pais dos alunos.
A prefeitura contratou a DJR para a reforma da escola, com fornecimento de materiais, equipamentos e mão de obra. O contrato foi assinado por R$ 371 mil, via licitação na modalidade tomada de preço e as obras começaram em 26 de outubro do ano passado, com prazo de quatro meses.
Questionada, a prefeitura respondeu que a empresa contratada pela gestão anterior abandonou a obra e informou que “as secretarias competentes estão providenciando a rescisão do contrato com penalização da construtora”.
O plano é convocar a segunda colocada na licitação – que pode ou não aceitar continuar o serviço pelo mesmo valor da vencedora, como determina a legislação.
“Os alunos foram remanejados para outras unidades da Rede Municipal, sem prejuízos. Se tudo correr bem com a rescisão e chamamento da segunda colocada, a perspectiva da Educação é que a obra seja concluída até o final de 2022”, encerra o Executivo.
Já a DJR de Oliveira revelou ao LIBERAL que realizava a obra, mas por conta da pandemia, os insumos extrapolaram o preço e a planilha do contrato não supria os custos da obra.
“Protocolamos pedido de reequilíbrio econômico financeiro ou a liberação da execução do objeto, já que a empresa não conseguiria arcar com os prejuízos da obra”, explica. A empresa diz aguardar retorno da prefeitura.
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Em contato com pais e mães de alunos da escola localizada no Jardim Bela Vista, a revolta é pela falta de respostas.
“Fomos transferidos a uma escola e ficamos por lá alguns meses e depois mandaram eles para uma escola que está vazia no Jardim do Lagos, bem distante. E não falam quando vai terminar a reforma”, conta mãe, que não quis ser identificada.
Ela afirma que há problemas com o ônibus escolar. “Já esqueceram crianças no ponto de ônibus por falta de monitor, os pais estão bem preocupados, muitos não confiam em mandar os filhos no ônibus e não podem buscar e levar em bairro muito longe”, desabafa.