Nova Odessa
‘Brasil voltou para a Copa do Mundo da política internacional’, diz Padilha
Ministro comentou a influência do Brasil nas negociações de cessar-fogo da Guerra da Ucrânia e revelou que o presidente Lula pediu a chanceler que a Alemanha não envie munição à Ucrânia
Por Gabriel Pitor
25 de fevereiro de 2023, às 09h17 • Última atualização em 25 de fevereiro de 2023, às 09h18
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/nova-odessa/brasil-voltou-para-a-copa-do-mundo-da-politica-internacional-diz-padilha-1915099/
O ministro chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o Brasil “voltou para a Copa do Mundo da política internacional” e sugeriu que seja criado um “G-20 da paz” para colaborar com as negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, que estão em guerra há um ano com mais de 7 mil mortos e cerca de 8,1 milhões de refugiados. O representante do Governo participou nesta sexta-feira (24) da inauguração de uma estação de tratamento de água em Nova Odessa (SP).
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As declarações do ministro surgiram após o vice-chanceler da Ucrânia, Mikhail Galuzin, revelar em entrevista à agência estatal russa Tass, nesta quinta-feira (23), que o Governo da Rússia está analisando uma proposta feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para criar um “clube da paz” que inclua os países economicamente afetados pela guerra, como Índia e China.
“Quando dois não querem, não têm briga. Nós queremos a paz mundial. É necessário que seja feito um esforço pela paz”, disse Padilha, que ainda completou.
“A ordem do presidente Lula é não entrar, em nenhuma hipótese, na guerra. E a ordem também é ajudar a coordenar o diálogo, porque os dois que estão envolvidos não vão conversar pela paz.”
Padilha também revelou que na visita do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, ao Brasil em 30 de janeiro deste ano, o presidente Lula pediu que a Alemanha não encaminhe munição à Ucrânia.
“O Brasil tinha um contrato com a Alemanha de troca de munições do exército e através desse contrato a munição que era descartada no Brasil passava a ser utilizada na Ucrânia, na guerra. Ele concordou que o contrato tivesse sequência desde que a munição não fosse destinada à guerra”, contou o ministro brasileiro.
A ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou, nesta quinta, uma resolução que condena as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia e exige a retirada das tropas do presidente Vladimir Putin na região. O Brasil votou de forma favorável à resolução, diferentemente do que aconteceu em outras reuniões sobre a guerra.
Ainda assim, Padilha declarou que a “ONU tem sido insuficiente para garantir a paz” e que a sensação de incerteza “é no mundo inteiro”.