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Nova Odessa

Clínica em Nova Odessa é interditada pela Vigilância Sanitária

Pelo menos 40 internos foram retirados do local ao longo do dia

Por Cristiani Azanha

10 de fevereiro de 2023, às 08h00

A Vigilância Sanitária, com apoio da GCM (Guarda Civil Municipal), interditou uma clínica irregular para dependentes químicos, no Parque dos Pinheiros, em Nova Odessa, na manhã desta quinta-feira.

Pelo menos 40 internos que estavam no local foram retirados ao longo do dia e levados para outra clínica, enquanto a prefeitura procura pelos respectivos familiares.

Um interno de 42 anos que deixou a unidade disse ao LIBERAL que estava na clínica há um ano, por conta de sua dependência em álcool e crack.

Vigilância esteve na clínica no ano passado e advertiu para regularização – Foto: Junior Guarnieri / LIBERAL

“Quem pagava era minha irmã, mas não sei o valor. Fiquei na clínica por um ano, mas deveria ter saído em seis meses. A gente não tinha um bom tratamento. Eles nos forçavam a tomar remédio com brutalidade”, relata o homem, que preferiu ter a identidade preservada.

Com relação a acomodação, o interno disse ainda que dividia o quarto com outros cinco assistidos, que eram distribuídos em três beliches.

A diretora da Vigilância Sanitária de Nova Odessa, Joseane Martins Gomes, afirmou que há um ano o setor já esteve na unidade a pedido do MP (Ministério Público) e advertiu para a regularização da documentação e problemas estruturais.

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“A partir de novembro e dezembro do ano passado chegaram outras denúncias. Sendo assim, por recomendação do MP, a Vigilância Sanitária interditou a clínica até o dia 24 de fevereiro. No local achamos pulgas, alguns internos estão com sarna e até berne”, relata Joseane.

Uma agente da vigilância também afirmou que um dos quartos do imóvel tinha infiltração e mau cheiro.

Segundo o boletim de ocorrência, pelo menos quatro internos, de 44, 56, 57 e 58 anos, foram identificados. Um deles alega que sofre agressões constantes de outro assistido. Nos próximos dias todos deverão fazer exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) de Americana.

Uma assistente social relatou a polícia que pediu a relação de dados pessoais dos internos para auxiliar na localização dos respectivos familiares, mas o documento teria sido negado pelo diretor da clínica. A situação também será apurada posteriormente pela Polícia Civil.

O LIBERAL esteve na clínica, mas nenhum responsável pelo estabelecimento foi localizado para prestar esclarecimentos. O advogado do espaço também não foi localizado.

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