A Delegacia Seccional de Americana abriu inquérito para investigar a gestão do prefeito de Nova Odessa, Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD), e outros agentes sobre possíveis crimes em licitação e falsificação de documento público.

A empresa Marfex Lopes Comércio de Materiais para Construção Ltda teria recebido pagamentos da prefeitura sem entregar materiais. O caso foi denunciado pelo vereador Cabo Natal (Avante), em novembro de 2021.

O parlamentar disse que recebeu uma denúncia de que a empresa recebeu pagamento no valor de R$ 54.264,50 da administração municipal para fornecimento de sacos de lixo, mas os materiais não teriam sido entregues.

“Tive acesso ao boletim de recebimento de mercadorias por meio de requerimento, e notei que a assinatura era de um servidor concursado que trabalhava no almoxarifado. Eu falei com ele, e para minha surpresa, alegou que a assinatura não era dele, porque naquele determinado período estava de férias, ou seja, alguém falsificou”, relata Natal.

O vereador acionou a prefeitura, que chegou a fazer uma sindicância, que segundo ele, foi arquivada. “Diante da falta de apuração sobre o caso, decidi fazer a representação no Ministério Público para apuração dos fatos.”

O servidor, que não reconheceu a sua assinatura também procurou a Polícia Civil para registrar o boletim de ocorrência sobre falsificação de documento público, em fevereiro de 2022. Ele confirma que alguém assinou um documento público em seu nome para recebimento de mercadorias.

Meses depois, o promotor Carlos Alberto Ruiz Nardy encaminhou ofício à Delegacia Seccional de Americana para a instauração de inquérito.

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O caso está sendo apurado pelo delegado assistente da Seccional, Claudiney Albino Xavier, que não quis antecipar o andamento da apuração, sob sigilo.
Em 31 de janeiro de 2023, o delegado pediu novo prazo à Justiça para a realização de novas diligências. O pedido foi remetido para manifestação do MP.

Segundo a Secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de Nova Odessa, o caso está em apuração por meio de uma sindicância administrativa conduzida pela Procuradoria Jurídica do Município e pela Polícia Civil, a pedido da Promotoria Pública. Somente após a conclusão das apurações será possível dizer o que de fato ocorreu. “Respeitamos e confiamos nas instituições”, finaliza a nota.

A empresa foi procurada pela reportagem, mas não respondeu o contato até o fechamento desta edição.