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Nova Odessa

Três homens são condenados por ‘golpe do cupim’ em Nova Odessa

Todos os condenados foram enquadrados nos crimes de estelionato e associação criminosa

Por Lucas Ardito*

21 de março de 2023, às 07h53 • Última atualização em 21 de março de 2023, às 13h55

Três homens foram condenados por estelionato devido ao prejuízo de R$ 35 mil em vítimas do “golpe do cupim”, aplicado em cinco idosos de Nova Odessa no ano de 2021. A sentença é da última sexta-feira (17) e foi dada pela 2ª Vara local. Eles ainda podem recorrer.

O caso foi investigado pela Polícia Civil da cidade, que chegou a realizar uma operação – denominada “Tamanduá” – para prender os suspeitos em abril de 2021. A investigação apurou que ao menos cinco vítimas tiveram prejuízos entre R$ 3,5 mil e R$ 12,8 mil.

Na aplicação do golpe, os criminosos ofereciam um serviço de manutenção no telhado da residência das vítimas, que supostamente estaria infestada de cupins. A alegação dos golpistas era de que eles faziam um trabalho no telhado da empresa vizinha ao imóvel e que perceberam a falsa situação na casa da vítima.

Ao entrar na residência, os estelionatários carregavam uma mochila que continha um pedaço de madeira cheio de cupins. Ao subir no telhado para fazer o suposto orçamento, a madeira era retirada e, em sequência, mostrada ao dono da casa para “comprovar” a situação.

Assim, os golpistas pressionavam a vítima a pagar pelo trabalho proposto. Após o aval, realizavam a transação em máquinas de cartão de crédito ou débito com a cobrança de valores excessivos, alegando que seriam feitos outros serviços como troca da rede elétrica, por exemplo. Contudo, nenhuma nota fiscal foi apresentada às vítimas, que também não receberam o serviço que pagaram.

Todos os condenados foram enquadrados nos crimes de estelionato e associação criminosa. Um quarto investigado, no entanto, foi absolvido por falta de provas. O responsável pela logística dos golpes, conforme investigado pelas autoridades, é reincidente em crimes de estelionato e foi sentenciado a uma pena de quatro anos e dez meses de reclusão, que serão cumpridos em regime semiaberto.

Os outros dois homens condenados, que aplicavam o golpe, terão uma pena de três anos e três meses, período que será cumprido em regime aberto. A punição deles foi substituída uma pena restritiva de direitos, que pode consistir na prestação de serviços à comunidade, por exemplo.

O advogado que representa os três condenados afirmou que ainda não tomaram conhecimento da sentença e que irão analisar o caso.

*Estagiário sob supervisão de João Colosalle

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