Saúde
Após a morte de 4.235 pessoas na RPT, chega ao fim emergência de Covid-19
Decreto emitido pela a OMS (Organização Mundial da Saúde) significa que o coronavírus deixou de ser uma ameaça sanitária global
Por Ana Carolina Leal e Rodrigo Alonso
06 de maio de 2023, às 08h14 • Última atualização em 06 de maio de 2023, às 08h44
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/regiao/apos-a-morte-de-4-235-pessoas-na-rpt-chega-ao-fim-emergencia-de-covid-19-1951250/
A OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou, nesta sexta-feira, que a Covid-19 não é mais uma ESPII (emergência de saúde pública de importância internacional). Isso significa que o coronavírus deixa de ser uma ameaça sanitária global, mas ainda representa risco contínuo.
Na RPT (Região do Polo Têxtil), desde o início da pandemia, em março de 2020, foram registradas 4.235 mortes e 195.170 casos de Covid. Médica infectologista que atua no Hospital Unimed, em Americana, Ártemis Kílaris afirma que o fim da emergência global significa que a doença está estabilizada.

“Não estamos tendo novas ondas da Covid há um ano, exceto na China, onde ocorreu uma nova onda em dezembro do ano passado, mas que felizmente não chegou até nós nem em outros continentes.”
Segundo a especialista, os casos da doença têm sido leves, com poucas internações e mortes. Os idosos ainda são os mais propensos a ter complicações.
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“A vacina foi fundamental no controle da pandemia. Graças a ela, hoje estamos em uma situação de calmaria dos casos, mas não devemos baixar a guarda. Precisamos continuar nos cuidando e atualizando sempre os reforços das vacinas porque a Covid já nos mostrou que veio para ficar”, alerta.
A declaração de uma ESPII é uma medida tomada para alertar os países sobre a gravidade de um surto de doença e incentivar uma resposta coordenada e eficaz para controlá-lo.
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A pandemia, por sua vez, é uma situação contínua em que a doença continua a se espalhar de forma sustentada em várias regiões do mundo, mesmo que a transmissão tenha diminuído em outras áreas.
Do ponto de vista prático, a decisão da OMS não tem muito impacto, uma vez que alguns países, como é o caso do Brasil, já haviam encerrado o estado de emergência em saúde pública e suspendido medidas protetivas obrigatórias.
“Os casos continuam aparecendo, mas não em todo mundo ao mesmo tempo. A maior parte da população está vacinada com pelo menos duas doses e um reforço, então, realmente não fazia mais sentido manter a emergência de saúde pública”, afirma Arnaldo Gouveia Junior, infectologista que atua na rede privada de Americana.
Segundo a OMS, embora a avaliação de risco global permaneça alta, há evidências de redução dos riscos à saúde impulsionados principalmente pela alta imunidade da população devido à infecção natural, vacinação ou uma combinação das duas.
Além disso, as linhagens da Ômicron em circulação apresentam uma capacidade de infecção sem grandes alterações e há também um melhor gerenciamento dos casos clínicos.
Secretário de Saúde de Americana, Danilo Carvalho Oliveira disse em entrevista ao LIBERAL nesta sexta que os casos de Covid confirmados, atualmente, são leves, sem necessidade de auxílio de suporte ventilatório e internação.
“É claro que a gente reforça o apelo na perspectiva da vacinação porque foi depois que conseguimos imunizar a população que os casos decaíram. E é muito bom saber que hoje não temos ninguém em UTI por conta da doença”.