Economia
Déficit na balança comercial da Região do Polo Têxtil diminui 10% em um ano
Em 2022, déficit dos municípios fechou em R$ 550 milhões negativos; neste ano, ficou em R$ 494 milhões
Por João Colosalle
07 de julho de 2023, às 19h04 • Última atualização em 08 de julho de 2023, às 09h03
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/cidades/regiao/deficit-na-balanca-comercial-da-regiao-do-polo-textil-diminui-10-1984892/
A diferença entre exportações e importações na RPT (Região do Polo Têxtil) teve uma redução de 10% entre o primeiro semestre deste ano e do ano passado. Em 2022, o déficit na balança comercial dos cinco municípios fechou em R$ 550 milhões negativos. Neste ano, ficou em R$ 494 milhões negativos.
O detalhamento da balança comercial por municípios foi divulgado nesta sexta-feira (7) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços.

Historicamente, o saldo regional das negociações no exterior costuma ser negativo, já que cidades como Sumaré e Hortolândia importam muito mais do que exportam, o que acaba desequilibrando a balança.
Elas têm perfis opostos aos outros três municípios – Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa –, que movimentam mais as exportações do que as importações.
No primeiro semestre deste ano, a região importou e exportou menos. No caso das compras, a queda foi de 17% em relação a 2022, de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,1 bilhão. Já as vendas para fora reduziram 21% – de R$ 770 milhões para R$ 606 milhões.
Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp
O economista Paulo Oliveira, do Observatório da PUC-Campinas, que monitora dados da balança comercial na região metropolitana, atenta para a movimentação das importações.
“Em geral, a importação é um termômetro de como anda a produção regional. Como a nossa região é tipicamente industrial, e essa indústria depende da importação de insumos, o primeiro sinal de que a indústria vai desacelerar ou já desacelerou é uma queda na importação”, explica.
Siga o LIBERAL no Instagram e fique por dentro do noticiário de Americana e região.
A queda nas importações ocorreu, principalmente, em Sumaré e Hortolândia, cidades conhecidas pela negociação de aço, agroquímicos e máquinas industriais. Em Americana e Santa Bárbara, houve aumentos discretos, de cerca de 5%, nas importações entre os dois semestres.
Já a queda nas exportações foi maior em Santa Bárbara. O município, que bateu recorde nas vendas para o exterior em 2022, viu uma queda de 62% entre o primeiro semestre deste ano e do ano passado – de R$ 206 milhões para R$ 78 milhões.