25 de abril de 2024

Notícias em Americana e região

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Gatos

Entenda sobre as doenças FIV e Felv e saiba como prevenir o contágio

A melhor forma de preservar os gatos é evitar que tenham contato com animais de rua

Por Stela Pires

15 de maio de 2023, às 07h27

Nas postagens e anúncios de gatinhos para adoção é comum se deparar com “negativo para FIV e Felv” na descrição, juntamente com informações de interesse como sexo e tempo de vida do felino. Se não, na primeira ida ao veterinário o bichano será submetido aos exames para descobrir se possui as siglas que denominam doenças que podem influenciar na saúde e bem-estar de toda a vida do animal.

De acordo com a médica veterinária e pós-graduanda em medicina interna de felinos Beatriz Ferrari, de Santa Bárbara d´Oeste, os sintomas das duas doenças costumam ser próximos.

A sigla significa Feline Immunodeficiency Virus (FIV), ou vírus da imunodeficiência felina em português. A doença também é conhecida como AIDS felina, por ser parecida com a humana. O vírus, assim como o HIV nos humanos, compromete o sistema imune do felino, enfraquecendo e tornando-o mais suscetível a contrair outras doenças. “Uma simples gripe, por exemplo, pode ser difícil de ser combatida por conta da imunidade baixa”, explicou Beatriz.

A doença pode ser assintomática em alguns casos, mas a veterinária frisa que é importante que o tutor fique atento a sintomas como febre, perda de peso, dificuldade respiratória, anemia, problemas ou alterações na gengiva, vômitos e diarreia, mais conhecidos como os sintomas gastrointestinais, possíveis indicativos do comprometimento do sistema pela FIV.

A doença não tem cura, mas o diagnóstico não é uma sentença. “Um gato positivo para FIV deve ser bem acompanhado por um médico veterinário e pode viver bem como outro gato que não tem a doença”, disse a médica veterinária.

O tratamento é feito voltado aos sintomas causados pelo vírus. “Animais positivos devem ser acompanhados pelo médico veterinário de sua confiança, além de terem uma qualidade de vida boa, vermifugação e vacinas em dia e uma boa alimentação”.

A Felv também é uma doença viral transmitida entre os gatos. Ela é a leucemia felina e compromete as defesas imunológicas do organismo do animal, portanto a doença deixa o felino suscetível a infecções, lesões de pele, problemas reprodutivos e cicatrização lenta de feridas.

Assim como a FIV, não há cura para a Felv, que tem o tratamento baseado também nos sintomas ocasionados pela doença.

Transmissão A transmissão da FIV ocorre através de arranhaduras e mordida, quando um gato briga com o outro, sendo mais prevalente entre os machos mais agressivos, de acordo com a veterinária. A Felv é transmitida principalmente pela saliva, mas também está presente na secreção nasal, no sangue, nas fezes e na urina.

Diferentemente da FIV, existe vacina como forma de prevenção para a Felv, mas Beatriz alerta: não existe vacinação 100% eficaz, portanto, mesmo vacinados, os gatos podem ser infectados. Por isso, a melhor opção para evitar a doença mesmo tendo vacinado o gato é manter os felinos dentro de casa, sem acesso aos demais que moram na rua ou saem atrás das fêmeas.

Para a FIV, a indicação é a mesma, evitar contato com animais desconhecidos. “Dessa forma, evitamos o contato direto com outros gatos que possam ser portadores do vírus”, disse.

Publicidade