25 de abril de 2024

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8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
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ECONOMIA

Inadimplência cresce em Americana e região e já chega a quase R$ 2 bilhões

Dados da Serasa Experian mostram um aumento de 6% no número de endividados; no total, municípios somam 345 mil inadimplentes

Por Ana Carolina Leal

25 de junho de 2023, às 08h28

Dados da Serasa Experian mostram que o número de moradores negativados chegou a 345,3 mil em abril deste ano nas cidades de Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia, um aumento de 6,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o total era 324,8 mil. Já o montante devido por essa parcela da população disparou 27% e atingiu R$ 1,9 bilhão neste ano.

Maior cidade da RPT (Região do Polo Têxtil), com 286,2 mil habitantes, Sumaré concentra a maior quantidade de pessoas com o “nome sujo”. São 107,4 mil moradores, o que corresponde a 37% do total da população do município, com uma dívida acumulada que ultrapassa os R$ 560 milhões.

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Percentualmente, Sumaré também é a cidade que teve maior alta no número de moradores inadimplentes. A quantidade passou de 98,8 mil, em abril do ano passado, para 107,5 mil, no mesmo período deste ano, um aumento de 8,7%. Na sequência está Hortolândia (7,3%), Americana (4,8%), Nova Odessa (4,5%) e Santa Bárbara (2,8%).

Quanto ao montante devido, o total saltou de R$ 1,5 bilhão para R$ 1,9 bilhão. Economista da PUC-Campinas, Roberto Brito de Carvalho afirma que o avanço da inadimplência está relacionado às dificuldades econômicas enfrentadas atualmente.

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“Há um achatamento da renda e, portanto, um processo de endividamento cada vez maior das famílias. Porém, dada a circunstância do aumento da inadimplência não só de pessoas, mas do volume, podemos considerar que se trata de uma inadimplência contumaz, ou seja, aquele que está devendo, está devendo cada vez mais e ainda num volume maior dada a dificuldade de pagamento”, comenta.

O cenário atual, no entanto, não é uma situação nova, afirma o economista. De acordo com ele, desde a corrida eleitoral do ano passado algumas plataformas políticas já sinalizavam preocupação com o aumento do número de pessoas com restrição ao crédito dada a incapacidade de pagamentos.

“Isso, na verdade, é acumulativo, já vem vindo há algum tempo, sobretudo depois da pandemia, quando as situações se agravaram. E a ausência de crescimento econômico tem propiciado ainda mais a elevação do número de pessoas com restrições e também do volume devedor, o que pode restringir o crescimento econômico da nossa região pouco mais à frente, em especial daquelas pessoas que têm a renda limitada em função do seu salário”, conclui Brito.

Dados da Serasa Experian – Foto: Reprodução / Liberal

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