Agentes do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) investigam o funcionamento de uma organização criminosa que promove o tráfico de drogas em Americana e região. No final de semana, três pessoas foram presas com drogas, armas de fogo e munições.

As investigações tiveram início há quatro meses e são de responsabilidade da 1ª Disccpat, divisão da Polícia Civil que apura crimes contra o patrimônio. No último sábado (4), agentes estiveram na região para cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal de Americana.

Foram verificados seis endereços em Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Porto Ferreira, ligados a três alvos. Durante a operação no sábado, um alvo monitorado, de forma velada, foi abordado pelos policiais quando se encontrou com outro suspeito.

No veículo do suspeito monitorado, os agentes encontraram um saco plástico contendo 25 kg de lidocaína em pó, um anestésico usado para adulterar cocaína, além de R$ 20 mil em espécie. Também foi achado um fundo falso no carro.

A partir deste flagrante, os agentes chegaram a um estabelecimento comercial na Avenida Nossa Senhora de Fátima, em Americana, que seria de uma liderança da organização criminosa. O homem foi encontrado no local e preso.

Com ele, os policiais cumpriram ainda mandados de busca no Werner Plaas, onde encontraram balança de precisão, máquina de contar dinheiro, bolsas de grande porte com resquícios que seriam de drogas, além de tubos de ensaio que, segundo a polícia, seriam usados para analisar o teor de pureza da droga.

Um imóvel no bairro Candido Bertini, em Santa Bárbara, era usado para esconder drogas e veículos da organização, de acordo com as investigações. No local, os agentes acharam armas, como pistola, carabinas e espingardas, munições de calibres diversos e acessórios. Dois carros que estavam no local também tinham fundos falsos.

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O advogado que representa o homem apontado como líder do grupo diz que ele foi envolvido nas investigações por trabalhar com compra e venda de veículos.

“As armas têm registro e ele era atirador esportivo. O fato de os registros estarem vencidos é mera irregularidade administrativa. Os outros objetos estão relacionados às atividades dele na construção civil e os carros pertencem a outra pessoa. Ele não tem relação com a investigação, entramos com habeas corpus e logo tudo será esclarecido”, comentou o advogado William Oliveira.

Já o representante do suspeito que dirigia o veículo onde foram encontrados os 25 kg de lidocaína também negou os crimes. “Ele nega os fatos e esclarecerá tudo oportunamente. A busca e apreensão realizada foi ilegal e certamente iremos demonstrar isso”, comentou o advogado Gustavo Mayoral.

O LIBERAL não encontrou advogados do terceiro suspeito preso.