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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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ECONOMIA

Microrregião gera quase um terço dos empregos da RMC na pandemia

Região do Polo Têxtil criou cerca de 38 mil vagas desde 2020, mostra levantamento

Por Ana Carolina Leal

24 de outubro de 2022, às 07h22 • Última atualização em 24 de outubro de 2022, às 07h25

A RPT (Região do Polo Têxtil) gerou quase um terço dos empregos criados na RMC (Região Metropolitana de Campinas) entre 2020 e este ano. A microrregião formada por Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia registrou uma alta de 30% no chamado estoque de empregos, que é a quantidade de pessoas contratadas com carteira assinada.

Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Previdência e consideram o número de empregados de agosto. Em 2020, eram 221 mil trabalhadores formais, número que cresceu para 259 mil neste ano.

Se comparado com a evolução da RMC, que saltou de 898 mil para 1 milhão de empregados no período, as cinco cidades da microrregião responderam por 30% dos empregos gerados entre os dois anos marcados pela pandemia.

Segundo a economista do Observatório da PUC Campinas, Eliane Rosandiski, analisando os números deste ano, percebe-se que as empresas estão contratando mais do que demitindo, então há uma recuperação das atividades.

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Conforme dados do Caged, Americana e região se destacam nos setores industrial, de comércio e de serviços. Para se ter uma ideia, o número de pessoas contratadas com carteira assinada em agosto de 2022, no setor de serviços, era de 96 mil, 21% a mais do que no mesmo mês de 2020. Foi a alta mais significativa entre os três principais segmentos.

“Na microrregião, 32% de todas as pessoas empregadas com carteira são da indústria. Isso é um número maior do que a RMC, que tem 25% das contratações no setor industrial. A média, no segmento comercial, também é maior na soma das cinco cidades do que na RMC. São os setores mais fortes, que concentram maior geração de empregos”, afirma Eliane.

Portanto, destaca a economista, não é de se admirar que a RPT (Região do Polo Têxtil) tem uma geração de empregos puxada pelos setores industrial e comercial. “Isso mostra o forte dinamismo que essas cidades têm na Região Metropolitana de Campinas”.

Salários
Estudo coordenado pela economista revela que o padrão de contratação de mão de obra na RMC é de pessoas que têm ensino médio e idade entre 18 e 24 anos. “É uma mão de obra sem nível superior, uma qualificação intermediária, contratada para ocupar um cargo também intermediário”, diz Eliane.

Segundo a especialista, em média, quem tem o ensino médio completo, está ganhando R$ 2,2 mil. Quando se analisa as contratações com idade entre 18 e 24 anos, o salário médio é de R$ 1,6 mil. Por outro lado, está tendo mais demissões de trabalhadores com idade mais alta.

“Como tem uma oferta muito grande de mão de obra, há uma tendência de contratação de mão de obra mais barata”, conclui.

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