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8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
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Covid-19

Novos casos de Covid caem 24% nos últimos sete dias na região de Campinas

Óbitos pela doença recuaram 17% em uma semana, e as novas internações acumulam redução de 7,5%

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16 de julho de 2021, às 07h20 • Última atualização em 16 de julho de 2021, às 07h31

Os novos casos de coronavírus (Covid-19) caíram 24,4% nos últimos dias no Departamento Regional de Saúde de Campinas, que engloba 42 municípios. Segundo dados da Fundação Seade, os óbitos pela doença recuaram 17% no mesmo período, enquanto as novas internações registram redução de 7,5%.

Análise realizada pelo Observatório PUC-Campinas em relação à 27ª semana epidemiológica (entre 4 e 10 de julho) já havia apurado redução de 8% nas infecções. Infectologista e membro do Observatório, André Giglio Bueno lembrou que essa tendência de redução tem sido observada nas últimas três ou quatro semanas.

“Já tem algumas semanas que as internações vêm caindo, e isso é um indicativo que casos e óbitos vão seguir essa tendência, pois o dado de internação oferece uma visão mais em tempo real do que casos e mortes. Então ele prevê um pouco o que vai acontecer com os outros indicadores”, analisou o médico.

“Mas é óbvio que a dinâmica da pandemia não é tão simples de prever, porque é muito dependente do comportamento das pessoas e das flexibilizações”, ponderou André.

No Hospital Santa Bárbara, situação da Covid-19 ainda é crítica com ocupação máxima nas 26 UTIs – Foto: Arquivo / O Liberal

Mesmo com a redução expressiva nas novas internações, as ocupações seguem em patamares elevados.

Santa Bárbara d’Oeste, por exemplo, segue com ocupação máxima das 26 UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) Covid no Hospital Santa Bárbara. Em junho, apenas um boletim epidemiológico trouxe taxa abaixo dos 100%, com ocupação em 96%.

Os quatro hospitais de Americana com leito Covid, incluindo rede privada e Hospital Municipal, têm juntos 120 pessoas internadas nesta quinta-feira. O número é bem abaixo da situação em junho, que teve mais de 200 hospitalizados. Contudo, ainda está acima do pico da primeira onda, em 2020, que não ultrapassou 100 internados.

“Os dados da semana passada para a região de Campinas ainda estavam acima do pico da primeira onda, em julho do ano passado. Sem dúvida, não é uma situação confortável. Mas aquela sequência de aumentos que vinha, com ocupações extremamente elevadas, mudou”, analisou André.

Transmissão comunitária da variante Delta acende alerta

O avanço da vacinação e a queda nas internações são indicativos que a pandemia começa a ceder. Contudo, a confirmação de transmissão comunitária da variante Delta na cidade de São Paulo acende um alerta.

Essa cepa tem provocado aumentos vertiginosos nas infecções na Europa, mas isso não tem se traduzido em aumento nas mortes e internações. André alerta que, no continente, a imunização completa está muito mais avançada do que no Brasil – estudos apontam que as vacinas têm melhor desempenho contra essa variante após as duas doses.

“Não sabemos como seria o comportamento da variante Delta ‘brigando’ com a variante Gama (P1, predominante no Brasil). Na Europa, os gráficos de novos casos estão bem assustadores por conta da substituição da cepa circulante. Se a Delta começar a ser predominante, podemos ter um retrocesso nesses números com queda”, analisou o médico.

“Por isso, é preciso reforçar o cuidado com as flexibilizações, máscaras, não ir em aglomerações, ambientes fechados. Todas ainda são medidas necessárias”, finalizou André.

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